Não que tenha muito que ver com cinema (a não ser o facto de meter Pinóquio ao barulho) mas isto é digno de nota. Bruno Nogueira na sua rubrica diária na TSF, Tubo de Ensaio, abriu-me os olhos para isto...
Geppetto e Vital Moreira serão sósias ou irmãos separados à nascença?
De Gabriela, Cravo e Canela (no cinema) a A View From the Top, o cineasta brasileiro Bruno Barreto já fez de tudo um pouco. Morou durante nove anos nos EUA, foi casado com a actriz e primeira senhora Spielberg, Amy Irving, mas, depois do divórcio voltou ao Brasil onde prosseguiu com a sua carreira.
Hoje, Bruno Barreto estreia em Portugal o seu mais recente filme, Autocarro 174, sobre os antecedentes de um dos episódios mediáticos mais marcantes da história do Brasil, passado quando um jovem entrou com uma arma num autocarro e fez os passageiros reféns. Milhões de pessoas assistiram em directo durante seis horas.
O realizador passou por Portugal para apresentar o filme e eu e o Luís Salvado estivemos à conversa com ele. Muito simpático, o senhor. Com muita coisa interessante para dizer.
Ora espreitem lá.
Antes de mais, um sincero pedido de desculpas pela ausência. Há semanas em que, infelizmente, Inês Mendes não chega para tudo. Que o interregno não vos induza ao erro: O Elite Criativa está bem vivo.
Para vos acordar de uma forma bizarra, nada melhor do que falar da intenção de Russel Crowe em protagonizar um musical. Pois parece que o senhor está com dor de cotovelo em relação aos desempenhos que alguns dos seus compatriotas já tiveram ao longo das suas carreiras (com o expoente máximo no recente brilharete de Hugh Jackman nos Óscares) e confessou que está a trabalhar num guião para um novo filme, que o obrigará a atingir notas altas.
Diz o senhor: "There is a film that I'm looking at next year based on a book from an Australian writer which has a character within the book that plays in a band, so that's something I'm looking at the moment."
Gladiador meets Cabaret? Medo.
É isso mesmo, meus caros. Peter Jackson e Steven Spielberg lado a lado num pequeno vídeo sobre Tintin a marcar o início da rodagem e a chamar a atenção para a abertura do Museu Hergé. Delicioso.
Ora vejam aqui.
Depois de, no dia 22, ter recebido dez nomeações para os Óscares da Academia, «Quem Quer Ser Bilionário?», que chega às salas portuguesas já no dia 5 de Fevereiro, foi o vencedor dos prémios atribuídos pelo Sindicato dos Produtores americano.
Vejam a notícia completa no renovado canal de cinema do SAPO.
Nota: Parece que, afinal, Slumdog Millionaire não é apenas realizado por Danny Boyle e que este divide a direcção do filme com a cineasta indiana Loveleen Tandan. Sou só eu, ou tal informação passou completamente ao lado dos comuns dos mortais?
...vai estar Isabelle Huppert. A actriz francesa torna-se, assim, a quarta mulher em toda a história do certame a ocupar o cargo de presidente do júri, sucedendo a Liv Ullmann, Jeanne Moreau e Françoise Sagan.
Huppert confessou-se orgulhosa e disse que este "encontro" vai selar definitivamente o seu amor pelo festival, com quem tem uma longa história.
Para além de já ter aparecido em várias funções no Festival de Cannes por 25 vezes, Huppert venceu o prémio de Melhor Actriz por duas vezes.
O gosto pela sua obra é discutível, tem altos e baixos, é caso para debate. Mas ninguém lhe tira a glória de, com a sua idade, continuar a trabalhar, ter na manga uma série de projectos e nem sequer levar em conta o facto de lhe poder acontecer algum azar um destes dias. E sempre com uma lucidez incrível.
Manoel de Oliveira faz hoje cem anos. Parabéns!
Foi a mecenas com outros interesses que não a arte no inesquecível Um Americano em Paris, fez parte da aventura bíblica realizada por Cecil B. DeMille, Os Dez Mandamentos, e foi Helena Glabrus em Spartacus de Stanley Kubrick.
Nina Foch morreu na passada sexta-feira, em Los Angeles.
A carreira foi plena mas a imagem que ficará para sempre será a do seu vestido branco interesseiro no meio das cores vivas que Vincente Minnelli juntou no ecrã. O trailer está aqui em baixo.
Como o fim-de-semana pede uma leitura leve, deixo-vos uma sessão de Q&A que o The Guardian fez com a actriz Helen Mirren. A reter: A Sarah Palin deixa-a deprimida e o seu guilty pleasure é o reality show Project Runway ( confesso que consigo rever-me em alguns destes pensamentos).
Perguntas curtas para respostas curtas. Resultado muito curioso. Podem ler tudo AQUI.
A ligação à música é inegável e publicamente assumida (para além de realizador, é músico e toca clarinete). Se fosse um género musical talvez este cineasta pudesse ser o jazz, incontrolável e meio esquizofrénico. Talvez também por isso, Woody Allen tenha decidido fazer um filme sobre os sons de que tanto gosta. A condição: fazer um filme sobre uma figura do jazz. Para além disso nada está delineado.
Numa entrevista a um jornal alemão Allen confessou a vontade que, a ser posta em prática, talvez se transformasse num filme sobre a incontornável figura de Louis Armstrong mas, ao mesmo tempo, revelou também o receio de que um projecto com estas características enfrente problemas de financiamento, visto que o orçamento para o pôr em prática será avultado.
Allen não esquece a sua faceta tripartida de realizador, autor e músico e diz que, nos próximos tempos, quer dedicar mais da sua agenda à última. Talvez este filme seja uma maneira de o fazer.
O vencedor foi escolhido através de um rigoroso método de selecção. Ou então não e é só uma opinião minha.
Eu já sabia que ele tinha fama de possuir um terrível mau feitio mas, meus amigos, depois do desprazer que foi encontrá-lo esta semana, Werner Schroeter subiu ao primeiro lugar da tabela de personalidades mais execráveis do cinema.
Oficialmente, o mais odioso. Tinha de deixar isto escrito em algum lado.
O Hollywood Reporter atribui-lhe o estatuto que dá entrada a este post e faz um bom e completo artigo sobre ele.
Vale a pena dar uma espreitadela neste trabalho sobre o fantástico John Lasseter.