Terça-feira, 21 de Agosto de 2007
Logo de manhã, para começar bem o dia, passei pelo
templo da perdição consumista e, claro, não consegui por lá passar sem consumir.
Devo dizer-vos que o negócio foi mais do que bom, foi excepcional. Portentos destes a 4.95€ são verdadeiras pechinchas. Vou revê-los em breve.
Quarta-feira, 1 de Agosto de 2007
Uma rua de donas de casa intrometidas e, de certo modo, frustradas lança um olhar reprovador a Sarah (Kate Winslet). Porque Sarah é diferente. Vive, tal como elas, numa infelicidade miserável mas atreve-se a fazer algo para alterar o seu estado. Sem preocupações com os olhares alheios.
Brad, o sempre jeitoso e brilhante Patrick Wilson, é a versão masculina de uma dona de casa desesperada e encontra em Sarah um refúgio para os prazeres que não encontra em casa.
Ronnie (Jackie Earle Haley) é um pedófilo recentemente libertado impotente para combater o instinto mais básico que carrega consigo.
Little Children é um retrato quotidiano dramático, sem nada de cor-de-rosa (nem a princípio, nem no final), sem nada de surrealista e sem nada de meigo. O bom argumento que nos faz achar que o filme é também uma experiência literária, é o suporte para interpretações supremas. Aqui fica a devida vénia aos três actores já mencionados neste
post.
Um ponto de vista simultaneamente ultra-romântico e supra-trágico sobre existências irregulares e inconclusivas. Sem dúvida, um dos dez melhores de 2007 (pelo menos, até este mês de Agosto que hoje chegou, claro).
Terça-feira, 31 de Julho de 2007
Trouxe ontem esta beleza para o meu humilde templo de DVDs.
Talvez seja a minha maior falha no ano que corre. Sim, ainda não vi
Little Children. A caixa já cá canta e a falha será corrigida rapidamente. Voltarei com opinião.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 15:09
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Quinta-feira, 3 de Maio de 2007
Perante a proximidade do dia fatídico que todos os anos se celebra (para leigos, o meu aniversário), resolvi deixar aqui uma subtil dica para quem de direito sobre coisas interessantes que vi durante uma voltinha pela FNAC.
Atenção, esta não é uma forma descarada de dizer
"ah e tal gostava de receber isto", até porque eu sou uma daquelas pessoas puras e justas que dão a resposta politicamente correcta:
"não quero prendas, a tua presença basta".
Portanto, indirectamente (ou directamente), cá vai.
Um livro que me parece uma espécie de Bíblia para quem se dedica aos escritos sobre cinema. Para adquirir novos conhecimentos e consultar perante dúvidas existenciais. Muito, muito promissor.
Depois, há a clássica e agradável escolha do DVD. Nessa categoria há uns quantos pelos quais passei os olhos pensando para mim
"olha, ainda não estão na minha estante". Atentem.
Agora já não podem dizer que não sabem o que me oferecer. Um beijo grande para quem de direito.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 17:52
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Quinta-feira, 26 de Abril de 2007
Acontece que ontem foi feriado. Acontece também que tive de passar pelo Colombo. Ora, o que é que há no Colombo? A
FNAC. O que é que acontece quando vou à
FNAC? Dificilmente de lá saio sem qualquer coisa.
Desta vez vieram comigo os discos abaixo referidos.
Estes dois últimos foram vistos e revistos sem nunca terem sido comprados. Já era altura de reservarem o seu lugar.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 10:29
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Sexta-feira, 20 de Abril de 2007
Não, o filme não é uma catástrofe. A acção, essa sim, pretende mostrar um mundo condenado a um fim nada simpático, sem esperança nem solução. Quem sabe se estaremos assim tão distantes desta realidade tão negra?
Vi ontem à noite, no conforto do lar, o filme de Alfonso Cuarón que mostra, daqui a 20 anos, um planeta sem possibilidade de retorno aos seus tempos áureos. Estamos em 2027 e, na Terra, as mulheres deixaram de conseguir engravidar. O ser humano mais novo (de 18 anos) acabou de morrer, levando consigo o símbolo do último bastião para a continuação da raça humana.
A premissa é tão complexa quanto original e tem uma gigantesca potencialidade. Seguimos atentos todos os passos naquele cenário dantesco e sentimo-nos apegados aos pequenos raios de infíma esperança que vão sendo libertados, mesmo que por poucas vezes.
A realização é de uma coragem extrema, com planos contínuos em cenas de tal modo movimentadas que parecia impensável resultarem desta forma. Mas resultam e, mais, fazem com que, nós próprios, acompanhemos o fabuloso Clive Owen sustendo a respiração e suspirando de alívio à medida que vamos encontrando momentos ligeiramente mais calmos.
Children of Men tem, no entanto, um problema que deixa no espectador um sentimento de insatisfação. Até os menos atentos terão sentido a necessidade de aprofundamento no enredo, de uma digestão mais lenta e mais detalhada de muitos dos desenvolvimentos no argumento.
No fim senti que queria e precisava de mais. Quis continuar na fita por mais tempo mas não mo permitiram. Fiquei a ver os créditos finais parada, ainda na esperança de que algo mais ia surgir.
Este ponto final pode ter tido a intenção de deixar para depois uma interpretação livre mas, se a teve, não me parece ter sido a melhor solução.
Não deixa de ser uma peça muito corajosa e visualmente muito bem concretizada. Fica apenas inacabada, digamos assim.
Se ainda não lhe puseram os olhos em cima, aconselho que resolvam essa questão nos próximos tempos, enquanto ainda temos bebés.
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=4Vfd6tQUzpw]
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 20:41
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Quarta-feira, 11 de Abril de 2007
Borat veio ontem da aconchegada prateleira da
FNAC para o lugar guardado no meu humilde templo de DVDs.
O DVD tenta continuar a recriar o ambiente do filme. Quando abri a caixa fui surpreendida por um disco de aspecto
"fui gravado em casa e sou uma cópia". Os menus apresentam-se com quadrados pretos que contêm a tradução das opções para inglês. Claro, a articulação da língua inglesa continua a ser tão rude quanto
"make languages select" e
"commence movie film".
Na secção
"footage remove from movie film" podem ver cenas apagadas que incluem passagens como estas.
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=2WmTs9nraMQ]
Era obrigatório tê-lo por cá.
Sexta-feira, 23 de Março de 2007
...estas jóias. Acabados de comprar na loja da desgraça, ainda a fumegar.
Sinto-me na pele de uma criança a olhar para o novo brinquedo que lhe deram para as mãos.
Quarta-feira, 14 de Março de 2007
Vi-os no cinema e agora têm lugar reservado no meu templo dos DVDs. Chegam na próxima semana à loja da desgraça, estas simpáticas edições especiais de
The Departed e
007, Casino Royale.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 18:04
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Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2007
Mais uma compra para acrescentar à lista. Andava eu a passear pela versão online de uma loja nada conhecida e ainda menos útil que consegue juntar música, filmes, livros, electrónica e por aí fora. Não devem saber de que estabelecimento falo. O nome começa por um F e acaba em C e no meio tem as letras N e A.
Notem que, com isto desperdicei dez preciosos segundos do vosso dia.
Dizia eu que andava a vaguear pelo dito site da quando encontrei uma pechincha bem jeitosa (9,95€, senhoras e senhores) que, ainda por cima, me falta no armário dos DVDs.
Trata-se de
Capote, filme sobre o escritor/jornalista autor de
In Cold Blood e de
Breakfast at Tiffany's. Vemo-nos na mente de Truman Capote à medida que ele investiga um homicídio de uma família no Kansas como inspiração integral para o seu livro. Percebemos claramente quem ele é através dos seus tiques, das suas inseguranças e das suas ambições. É um grande filme segurado pela genial (genial é pouco, é um trabalho divino) representação de Philip Seymour Hoffman. Valeu-lhe o Óscar e foi muito bem atribuído.Vou trazê-lo até casa e revê-lo.
Vejam estes pedacinhos.
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=mvZq4sbyR_w]
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 16:30
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Quarta-feira, 3 de Janeiro de 2007
Acabo de tirar do saquinho da FNAC a quinta temporada de
24. Avizinham-se umas boas horas de episódios seguidos nos tempinhos do dia em que não preciso de fazer nada. Primeiro digere-se, depois começa a intensificar-se o ritmo diário (não vou dizer o máximo de episódios que vi por dia porque chego a ter vergonha) e, no final, imita-se de uma forma irritante o relógio e repetem-se frases inspiradoras como "son of a bitch".
Tem lugares comuns, está carregada de espírito americanóide e é totalmente pró-Bush (embora o tentem disfarçar esporadicamente com alguns momentos de crítica) mas é, definitivamente, a série mais viciante que alguém alguma vez deu à luz.
Desde que comecei a ver
24, há uns bons tempos atrás, que fiquei colada ao ecrã. O conceito é (ou era) totalmente inovador, a montagem do mais bem pensado que há e o argumento de nos deixar loucos se não víssemos imediatamente o episódio seguinte.
Vi até à quarta temporada e comecei a quinta na 2:. Como factores externos me fizeram falhar uma semana, decidi parar e esperar pelo DVD. Porque fã do 24 que é fã do 24 não deixa brechas na história!
As três primeiras temporadas são incrivelmente boas, a quarta é bastante mais fraquinha (a tornar-se repetitiva e exagerada por tentar acumular novas ideias de tragédias). Vou tirar o plástico à caixa e comprovar se o nível se mantém elevado ou se parto para outra depois desta.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 14:48
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