O realizador canadiano Rob Spence prepara-se para rodar um filme apenas com uma pequena câmara escondida no seu olho.
O objectivo é que a câmara oculta no lugar do olho de Spence possa secretamente gravar imagens de pessoas para um projecto que abordará o tema da disseminação de câmaras de vigilância.
Podem espreitar a notícia aqui.
Ainda Barack Obama não sonhava em se candidatar à presidência dos Estados Unidos e já a Sétima Arte abria caminho para que um negro fosse pela primeira vez o detentor do lugar na Casa Branca. Claro que não intencionalmente mas não deixa de valer a pena parar para pensar no papel peregrino que o cinema poderá ter tido no que diz respeito a cenários que nunca tinham tido referente real e que acabaram por se verificar fora do grande ecrã.
A reflexão é feita hoje num interessante artigo do NY Times sobre não só os papéis de presidentes negros que os filmes acolheram até hoje ( com referências a Morgan Freeman em Impacto Profundo, a James Earl Jones em The Man ou Dennis Haysbert em 24) mas também sobre o crescente protagonismo dos actores negros na história do cinema.
Boa leitura para antecipar o Inauguration Day, altura em que Obama tomará posse. Podem ler tudo aqui.
Com a entrada do novo, ficam para trás os balanços e, repentinamente, começam a chover os filmes que, provavelmente, vão constar das listas de melhores a serem reunidas daqui a doze meses. Com os Óscares à porta, as estreias de peso sucedem-se para depois darem lugar àquele período de vacas magras entre a temporada de prémios e a abertura da caça aos blockbusters de Verão.
O Los Angeles Times fez a sua galeria de espreitadelas nos filmes para 2009 para que nenhum caia no esquecimento. Podem espreitá-la aqui.
Nota: É claro que alguns ficam de fora porque, apesar de ainda não terem chegado a este cantinho à beira-mar plantado já estrearam nas salas americanas.
Durante os últimos dois anos, a Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood, responsável pela cerimónia dos Globos de Ouro, tem vindo a desenvolver um novo design para a tão desejada estatueta.
O troféu em questão foi finalmente apresentado ontem e apresenta duas principais inovações: uma tira de película à volta do globo e a inscrição HFPA (Hollywood Foreign Press Association) na base. E, imagine-se, garantem os responsáveis pelo look renovado que esta estatueta é mais resistente e durável do que a anterior. Nada de preocupações, vencedores dos Globos de Ouro! Os amigos já podem manusear o prémio à vontade.
É já no próximo Domingo que a cerimónia vai distribuir estes renovados troféus.
Não concordo com uma linha do que escreve Peter Bradshaw na sua crítica a Austrália. Aliás, estou na outra ponta, de quem acha que o filme não é o melhor que Baz Lurhmann já fez mas que é GRANDE cinema de uma ponta à outra.
Apesar de tudo isso, e de achar que a maioria das ideias escritas pelo crítico do The Guardian são extremadas até não poder mais, ri-me que nem uma tontinha ao ler o seu texto. Ora espreitem lá para ver se mesmo que, tal como eu, sejam fãs do senhor Lurhmann, não ficam a rir que nem patinho felizes ao ler a crítica.
O texto em questão está aqui.
Desde que assumiram publicamente a sua relação, Tom Cruise e Katie Holmes têm recorrido a toda e qualquer forma (ainda que pareça a mais estúpida) de demonstrar a afeição que têm um pelo outro. Na Oprah, em eventos sociais e onde quer que parecesse conveniente. Para além disso, e embora eu tente sempre separar o Cruise actor do Cruise cientolo-aborrecido, a sua imagem foi ficando progressivamente queimada pelos números que socialmente foi fazendo.
Pois agora vem aí outro. O casal quer fazer um filme de cariz sexual em que os dois possam contracenar de forma intíma tal como Cruise e Nicole Kidman fizeram em Eyes Wide Shut. Uma fonte de um grande estúdio confirmou a vontade dos dois e falou de alguns dos requisitos. Passo a citar:
"They require some intense sex stuff and more specifically they're looking at remaking Last Tango in Paris but anything sexy with a good story appeals".
E é esta secção da frase (a que fala de um potencial desastroso remake de O Último Tango em Paris) que me deixa particularmente...como dizer...em pânico.
Para os estão em pulgas para ver o novo Star Trek o vídeo abaixo vai com certeza alegrar-vos o dia. O bom e velho William Shatner, o eterno Captain Kirk, tem uma espécie de ataque epiléptico endiabrado quando se vê a si próprio no trailer do novo filme. Vale a pena espreitar.
Eu sei que já muita gente o mostrou nos meandros da blogosfera mas não resisto a deixá-lo nas actas deste humilde estaminé.
Está à venda no eBay o Ghostbusters Ecto-1, um Cadillac MM que esteve nos estúdios da Universal a servir de ponto fotográfico para os transeuntes. A licitação está nos 40 mil dólares.
O dono deixa alguns detalhes como:
The car was stripped of all the Ghost busting equipment and sold as an ambulance and with a little negotiation I was able to get all of the roof rack parts and the original light bars. This car was used at the park for over fifteen years for the Ghostbusters Experience, parades and display inside the
We have done several charity shows and one convention with Ernie Hudson from the original Ghostbusters films. Ernie was nice enough to sign the car on the headliner above the sun visor. Ernie commented that the Universal car looked a lot nicer than the original in the films.
O Público traz hoje uma reportagem muito bem sacada sobre as sessões especiais do musical Mamma Mia que a Lusomundo está a levar a locais do país que não têm salas de cinema. É incrível mas há, de facto, quem nunca tenha visto um filme no grande ecrã e é reconfortante saber que, de vez em quando, há quem se lembre dos cine-excluídos.
Para além disso, é formidável a imagem que nos vem à cabeça quando imaginamos Manuel João Vieira ou Nucha a cantar karaoke com músicas dos ABBA.
Deliciem-se com a descrição da jornalista Maria João Lopes.
Na plateia ouve-se: "Isto é um acontecimento, somos os primeiros a nível nacional a ver o filme, é um privilégio." Não é o Cinema Paraíso, o filme de Giuseppe Tornatore, mas nem por isso uma projecção de cinema ao ar livre em pleno Verão deixa de ser um momento mágico. E trazer cinema a esta aldeia, como aconteceu na noite de sábado, continua a ser um acontecimento. Algumas pessoas viram pela primeira vez uma tela em formato grande.
Em Benfeita, um lugar perdido no meio do nada, não há sala de cinema. Não há aliás nenhuma em todo o concelho de Arganil, pelo menos a funcionar regularmente. Foi este o sítio escolhido para uma antestreia de Mamma Mia!, musical adaptado agora ao cinema por Phyllida Lloyd. A sessão foi seguida de karaoke com música dos ABBA, interpretada por artistas conhecidos que trouxeram ainda mais animação à fresca noite de sábado. É preciso mais para tornar a noite especial (para além de ouvir Manuel João Vieira cantar Chiquitita, numa versão portuguesa completamente adulterada)?
Para Ana Ramos, empregada fabril, de 35 anos, não. A noite foi certamente diferente. Até porque Ana, habitante de Benfeita, nunca entrou numa sala de cinema. Até à noite de anteontem isso não a incomodava muito. Achava que não gostava. Mas como não parou de se rir durante todo o filme com Meryl Streep e Pierce Brosnan mudou de ideias.
"Vi o filme e gostei muito. Nunca fui ao cinema, mas deste filme até gostei. Se calhar, agora, se tiver uma oportunidade de ir, não vou deixar passar. Ri-me tanto... foi uma comédia muito bonita", diz no fim, já no recinto onde se seguiu a festa.
A iniciativa de trazer este filme a Benfeita é da Lusomundo. A ideia da digressão de cinema ao ar livre é divulgar o Mamma Mia! em localidades sem sala de cinema: hoje na Cortegaça, Ovar; em São Martinho do Porto na quarta-feira; em Óbidos na sexta; em São Teotónio, Odemira, no último dia do mês. A festa de encerramento será em Lisboa a 2 de Setembro.
Para animar a aldeia de Cortegaça, está já confirmado o nome de Mónica Sintra. Os Linda Martini vão estar em São Martinho do Porto, Gomo e Nucha em Óbidos, Fernando Cunha (dos Delfins) e Flak (dos Radio Macau) em São Teotónio. Em Lisboa é esperado José Cid, entre muitos outros.
O filme chega às salas de cinema a 4 de Setembro. Conta a história de Donna e da filha Sophie, que se vai casar mas antes quer descobrir quem é o pai. O problema é que andou a espreitar o diário da mãe e descobriu três possíveis candidatos. Na dúvida, convida os três para a boda. Fez a plateia de Benfeita rir, assobiar e bater palmas. Depois da projecção, Manuel João Vieira, Pedro Miguéis, Yami, Sónia Costa abriram o karaoke com música dos ABBA.
Nuno Gonçalves, director-geral da Lusomundo, diz que a ideia da digressão surgiu com a estreia do filme na Grécia, onde foi rodado: "As exibições foram feitas ao ar livre e foi um sucesso, o que nos levou a pensar fazer as antestreias do filme em localidades pequenas para perceber se as pessoas, mesmo não tendo cinema, gostavam do filme", explica.
No fim da apresentação em Benfeita, o director-geral da Lusomundo não escondia a satisfação pela "casa cheia" (os 400 lugares sentados foram praticamente preenchidos por gente de todas as idades), o que permite ter boas expectativas em relação às restantes localidades por onde o musical vai passar. "O filme é muito positivo, é um filme de Verão, para passar um bom bocado", diz ainda.
Também Isabel Lima, da Lusomundo, acredita que o filme tem as "características ideais" para ser exibido ao ar livre em pequenas aldeias: "É um musical divertidíssimo com grandes estrelas", nota. O facto de, em Janeiro, terem apresentado em antestreia o filme Cloverfield, na estação de metro do Terreiro do Paço, em Lisboa, deu "alguma segurança" à organização, que monta, em cada local, uma ecrã gigante e bancadas para que as pessoas possam assistir ao filme de forma confortável. Os bilhetes são distribuídos pelas câmaras e juntas locais e ainda em passatempos de órgãos de informação regionais.
Alfredo Martins, presidente da Junta de Freguesia de Benfeita, aldeia onde vivem em permanência 170 pessoas, reconhece que criar um "cinema" no campo de futebol local é um "acontecimento": "A interioridade das aldeias leva a que sofram esta situação. Só têm algum movimento na altura do Verão, quando chegam as pessoas que são de cá e estão a viver em Coimbra, Porto ou Lisboa... Mas as pessoas que aqui vivem todo o ano raramente vão ao cinema. Em Arganil, a sala não funciona regularmente", explica.
Neste Verão também o realizador Miguel Gomes, que rodou nesta região Aquele Querido Mês de Agosto, mostrou depois o filme à população de Benfeita.
Chiquitita à portuguesa
O tesoureiro da junta, Carlos Marques, de 51 anos, admite que a última vez que foi ao cinema foi em Lisboa, tinha então 17 anos. Por que é que não vai mais vezes? "Oh, é muito longe e não aprecio muito cinema. Mas aqui na terra gosto de ver", diz, já a festa está animada.
Algumas pessoas dançam, de caipirinha ou cerveja na mão. A cantora Sónia Costa, que adora ABBA, é a primeira a cantar no karaoke. Segue-se Manuel João Vieira que aldraba a letra toda e improvisa uma nova versão: "Chiquitita, tu és uma mulher bonita, acredita. A mulher só é mulher se deus quiser (...) Eu não sei ler estrangeiro, Chiquitita."
Depois das palmas, Manuel João Vieira diz, muito sério, que já há dois anos andava a preparar a participação no karaoke de Benfeita, em conjunto com o realizador do filme: "Sempre gostei muito dos ABBA, mas agora ainda gosto mais. Eles chamam-se ABBA porque usavam as calças com as abas muito largas. Até já tentei obter nacionalidade sueca."
Obama defende Homem-Aranha. McCainn prefere o Batman. Para Obama, o melhor presidente no ecrã é Jeff Bridges em The Contender. McCainn gostaria de estar à altura de Dennis Haysbert em 24. O melhor Marlon Brando está, para o candidato democrata, em O Padrinho. Já p republicano admite que é uma minoria e acha que o melhor trabalho de Brando está em Viva Zapata! de Elia Kazan.
As respostas estão no grande debate presidencial da Entertainment Weekly sobre a cultura popular. Afinal, quem é o vencedor?
Vejam tudo aqui.
A NY Mag descobriu este formidável momento de marketing cinematográfico. No prédio está um enorme billboard referente a Hellboy II: The Golden Army de Guillermo Del Toro. Nada de surpreendente, não fosse o facto de, mesmo ao lado, estar a suposta presença do seu oposto: uma igreja. Muito bem sacado.