Quinta-feira, 1 de Maio de 2008

E finalmente, Iron Man

Por esta altura, toda a alma caridosa que visita esta minha casinha electrónica já terá percebido que a sua dona ficou bastante convencida com o que viu em Iron Man. Para mais detalhes, deixo-vos o artigo abaixo, saído ainda a fumegar do sítio do costume.

Mulherengo, bilionário e génio. Combinação de características improvável não fosse o referente Tony Stark a.k.a. Homem de Ferro. Da BD para o cinema, a Marvel atreve-se naquele que é o primeiro filme verdadeiramente seu. Voos e explosões na porção certa, inimigo de luxo e dama em apuros nos moldes correctos. O motor para tudo: Tony Stark (ou Robert Downey Jr.). O metal não podia ter sido melhor forjado.

Estávamos em 1963 quando o lendário Stan Lee, em conjunto com o colega Larry Lieber e os artistas Don Heck e Jack Kirby, decidiu criar um super-herói à semelhança do homem comum. Não tinha havido nem interferências alienígenas, nem de criaturas sobrenaturais, nem mesmo de acidentes radioactivos, para que nascesse Iron Man. De certa forma, Tony Stark era o self-made man do mundo dos heróis.

Agora, décadas depois e numa altura em que as BDs viradas cinema estão num pico de sucesso, chega uma adaptação renovada e readaptada aos tempos modernos, onde Jon Favreau (realizador de Elf e Zhatura) não esquece as origens do herói.

O risco maior seria fazer de Iron Man um palco para efeitos especiais à la Transformers ou situações que, ao invés de potenciarem a personagem, a ridicularizariam como tantas vezes assistimos em O Quarteto Fantástico. Foi isso mesmo. Apenas um risco. O conjunto de factores extraordinários que envolvem a fita contribuiram para que ela seja o primeiro grande e elogiado blockbuster do Verão.

O nome não tocará na memória de muitos espectadores portugueses mas Tony Stark é um génio inventivo, bilionário herdeiro do maior fabricante de armas para o governo americano que, um belo dia, enquanto atravessava uma estrada afegã numa coluna militar, na companhia de soldados e do seu adorado copo de whisky, foi levado para as catacumbas do Médio Oriente e obrigado a reproduzir a sua mais potente arma para os maus da fita. O país usado nesta nova versão substitui o Vietname na primeira.

Em vez de seguir o plano, Stark aproveita os materiais para desenvolver um projecto para si próprio. É desta forma que nasce Iron Man ou, pelo menos, a sua armadura inicial. O episódio serve como uma espécie de epifania e aquele que antes era um homem sem escrúpulos, sem moral e com um fígado a caminhar para um estado pouco saudável, muda agora a sua visão do mundo e decide usar as suas tecnologias para – usamos orgulhosamente o cliché - praticar o bem.

O motor, a alma e a justificação do sucesso deste Iron Man tem de passar obrigatoriamente pelo nome de Robert Downey Jr. que aqui tem a tão necessária catapulta para a aceitação global. Já tinha encarrilado há alguns anos, depois das malfadadas incursões nas drogas e dos problemas com a lei, mas Homem de Ferro é a verdadeira oportunidade para que o seu talento nato não sofra de falta de convites.

Downey Jr. nnca exagera nas porções e é perfeito no papel de bom malandro. Ao seu lado tem também um consistente Obadiah Stane (Jeff Bridges), o homem racional que já estava na empresa bem antes de existir Tony Stark, e Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), a fiel assistente muito bem sucedida na busca pela «prova de que Tony Stark tem um coração».

A primeira produção dos Estúdios Marvel recorda, assim, a máxima que David Maisel, o presidente da empresa, sempre insiste em relembrar. É que os seus filmes «são tanto sobre o homem como sobre o super-herói» e Iron Man é a prova de que esse princípio é a receita certa para o sucesso.

publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 13:02
link | comentar
1 comentário:
De Loungeart a 1 de Maio de 2008
Ainda estou com um pé atrás, por aquilo que vi pareceu bom mas depois quando se vê o filme fica-se quase sempre com um misto de desilusão. Um abraço.

Comentar post

mais sobre mim


ver perfil

seguir perfil

. 85 seguidores

pesquisar

subscrever feeds

posts recentes

Em coma...como a Noiva de...

Estrelas de cinema na pub...

Ensaios de luxo

Uma visita com Walt

Desculpas e mais desculpa...

O Sítio das Coisas Selvag...

Trailer de The Lovely Bon...

Ela quase emigrou mas est...

arquivos

Janeiro 2010

Outubro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

tags

todas as tags