Esta semana, Walter Salles e Daniela Thomas voltam a provar que o cinema social brasileiro está mais em voga do que nunca com Linha de Passe.
Na edição do e-Cinema desta semana, falamos das estreias de Linha de Passe, o filme de Walter Salles e Daniela Thomas que acentua o facto de o cinema brasileiro com temáticas sociais estar na moda, This Is England - Isto é Inglaterra, um sucesso do cinema indie britânico que homenageia os anos 80 e chega às nossas salas dois anos depois de ter estreado no Reino Unido, e Velozes e Furiosos, a quarta experiência da série The Fast and The Furious que volta a juntar os quatro protagonistas iniciais.
Fora de circuito, uma festa com making ofs e DJs improváveis.
Nos memoráveis, Indiana Jones mostra que a melhor forma de matar é usando um revólver.
Um estudo da Universidade de Warwick em Inglaterra mostra que os vencedores de alguns prestigiados prémios têm tendência para durar mais uns anitos.
Para além dos laureados com um Prémio Nobel que, de acordo com a investigação, devem durar, em média, mais um ano e quatro meses do que as personalidades que apenas são nomeadas para a honra, também os vencedores dos prémios da Academia parecem ficar por cá mais tempo do que os seus colegas nomeados.
Ora, quem lá por casa já tem uma estatueta dourada deverá viver cerca de três anos a mais do que quem apenas recebeu uma nomeação. A idade média dos nomeados fixa-se assim nos 75,8 anos enquanto que a dos oscarizados se fica pelos 79,7.
Não me perguntem os detalhes ou o nível de rigor. Só achei piada ao ponto de partida para a investigação.
O filme estreou na semana passada e não é mais do que um mash-up de inspirações como Sexo e a Cidade, O Diário de Bridget Jones ou Legalmente Loura, com base nos best-sellers da autora Sophie Kinsella.
Só porque, apesar de tudo, Isla Fischer tem talento e porque o produtor é o explosivo Jerry Bruckheimer, deixo-vos as conversas que tive com os protagonistas e o senhor do dinheiro no filme Louca por Compras.
O momento mais crucial das entrevistas foi, sem dúvida, aquele em que, depois de eu o confrontar com o facto de este filme não ter nem uma explosão, Jerry Bruckheimer desmente tudo. Ora espreitem.
Pois confesso que ainda não tinha ouvido falar deste novo projecto de Jim Jarmusch (realizador de, entre outros, Broken Flowers e dos simpáticos conjuntos de segmentos filmados à mesa em Coffee and Cigarettes) mas, meus caros, o trailer é para deixar qualquer cinéfilo em pulguinhas.
Senão reparem: Bill Murray, Tilda Swinton, John Hurt e Gael García Bernal fazem parte do elenco deste filme sobre um homem solitário (Isaach De Bankolé) numa incursão pelo processo de cometer um crime encomendado.
A julgar pela amostra vamos ter direito a belas interpretações, a uma (como sempre) fantástica banda sonora, numa fita que tem ar de que pode ser uma daquelas pérolazinhas a passar despercebidas junto da maioria mas a ficar na lista de filmes de culto de alguns. É só um palpite mas cá estarei para comprovar.
De um western a uma comédia romântica, a semana da sétima arte não tem estreias de peso mas tem filmes para todos os gostos.
No «e-Cinema»desta semana damos atenção às estreias de Appaloosa, um western realizado e protagonizado por Ed Harris numa tentativa de reavivar o género, Louca por Compras, a adaptação do best-seller de Sophie Kinsella sobre uma viciada em compras como pouco dinheiro para sustentar os seus luxos e Histórias de Cabaret, o filme de Abel Ferrara sobre um clube de striptease muito atípico.
Fora de circuito, em acalmia de Páscoa vamos até à Cinemateca para ver Cronenberg.
Nos memoráveis, mostramos que afinal também houve um Drácula Negro no cinema.
Uma longa-metragem composta por vários pequenos filmes dirigidos por vários realizadores. O projecto chama-se O Dez e já se ouvi falar dele há uns bons tempos atrás, com alguma divulgação que entretanto se foi escondendo.
Pois agora parece que a coisa vai mesmo para a frente. Um dos segmentos, com argumento de Nuno Markl e Filipe Homem Fonseca, será realizado por Paolo Marinou Blanco (Goodnight Irene) naquela que será, aparentemente, a segunda verdadeira experiência do cinema português no mundo dos zombies (a primeira foi em I'll See You in My Dreams).
Se, como eu, não já podem ouvir aquela música insuportável do habitual anúncio anti-pirataria que nos obrigam a ver de cada vez que colocamos um dvd no leitor ou quando nos sentamos no cinema para ver trailers, vejam como é possível criar uma alternativa bem mais conseguida. Se não têm paciência para que constantemente vos lembrem que piratear um filme é o mesmo que roubar uma mala, sigam este texto.
Inspirando-se em célebres cenas da Sétima Arte, uma agência de publicidade britânica criou três anúncios com o objectivo de alertar os espectadores para o problema da pirataria e, com sorte, levá-los a não a praticar. A campanha foi esta semana lançada nos cinemas do Reino Unido e não há ainda a informação sobre se chegará a Portugal ou não.
Chama-se You Make The Movies e, através de spoofs de três filmes (O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, Tubarão e A Vida de Brian) cria uma preciosa campanha que, em vez de aborrecer, aproveita o tempo e diverte o público.
No site oficial é possível ver duas delas. Ora vão até aqui.
...a não ser, valha-nos algum Santo que por aí ande a circular pela internet. Sacha Baron Cohen está de volta e isto promete. Ora vejam, se forem meninos grandinhos.
De Gabriela, Cravo e Canela (no cinema) a A View From the Top, o cineasta brasileiro Bruno Barreto já fez de tudo um pouco. Morou durante nove anos nos EUA, foi casado com a actriz e primeira senhora Spielberg, Amy Irving, mas, depois do divórcio voltou ao Brasil onde prosseguiu com a sua carreira.
Hoje, Bruno Barreto estreia em Portugal o seu mais recente filme, Autocarro 174, sobre os antecedentes de um dos episódios mediáticos mais marcantes da história do Brasil, passado quando um jovem entrou com uma arma num autocarro e fez os passageiros reféns. Milhões de pessoas assistiram em directo durante seis horas.
O realizador passou por Portugal para apresentar o filme e eu e o Luís Salvado estivemos à conversa com ele. Muito simpático, o senhor. Com muita coisa interessante para dizer.
Apenas duas semanas depois da estreia da primeira parte, chega às salas de cinema portuguesas o desfecho da história que Steven Soderbergh filmou sobre Ernesto «Che» Guevara.
Na edição do e-Cinema desta semana, falamos das estreias de Che - Guerrilha, a segunda parte do filme de Steven Soderbergh sobre o revolucionário Ernesto Guevara, Autocarro 174, a fita do brasileiro Bruno Barreto sobre o episódio que foi, a nível mediático, o equivalente ao 11 de Setembro no Brasil e O Lago Perfeito, um dos filmes presentes no Fantasporto deste ano.
Fora de circuito, os italianos estão em destaque em Lisboa e no Porto.
Nos memoráveis, assinalamos os dez anos de Matrix com muitas balas.
No próximo, já se sabe, Sacha Baron Cohen estará de volta, dificilmente com o mesmo impacto do seu último filme, sem Ali G nem Borat, mas como Bruno. Até aqui nada de novo.
A notícia tem que ver com a banda sonora do filme. É que, ao que parece, Bruno vai recriar uma espécie de Band Aid que vai juntar músicos de peso parodiando os We Are The World e os Do They Know It's Christmas? do mundo da solidariedade.
Aliás, serão, ao que consta, os próprios habitués destas lides solidárias quem dará voz à canção Dove of Peace. Na lista estão confirmados os nomes de Bono e Chris Martin mas fala-se também que a velha amiga de Cohen, Madonna, também fará uma perninha. E, pasmem-se, parece que até os Village People aceitaram cantar qualquer coisita.
Isto promete, senhores. Para aguçar a curiosidade fica um espreitadela na letra da canção:
"For people of Africa who live in hell/They will never wear Chanel.”