Terça-feira, 31 de Março de 2009
Ele talvez seja o único tipo que poderia ter dado um melhor James Bond do que Daniel Craig (ainda vai a tempo). Ela é aquela senhora de sucesso que tanto se sai muito bem como nos deixa a perguntar porque raio é ela uma estrela de tal dimensão. E os dois estão no novo filme de Tony Gilroy, estreado nas nossas salas na semana passada, sobre uma dupla de espiões ligada a dois gigantes do mundo farmacêutico (mais especificamente na área da cosmética). Clive Owen e Julia Roberts são o casal em causa e os dois terão de trabalhar em conjunto para levar a cabo um elaborado golpe.
É inegável que os dois consomem o ecrã, por mais que não seja pelos seus encantos naturais. Ele com aquele ar de brutinho sacana com classe, ela pelo tipo de criatura sofisticada com neurónios que faz os homens cair a seus pés. Mas, apesar de esta dupla ter mais pinta no ecrã do que o casal Smith (Pitt/Jolie), não está tão em sintonia quanto os seus antecessores. No decorrer de Dupla Sedução, o espectador poderá sentir que cada um puxa mais para seu lado do que contribui para o bem maior.
Mas deixemos o casal de protagonistas e centremo-nos no filme de uma forma mais generalista. Dupla Sedução tem o claro objectivo de ser uma daquelas fitas que surpreendem a audiência a cada momento, com twists quase de cena a cena e reviravoltas em abundância. No entanto, o argumentista e realizador Tony Gilroy (responsável pelos guiões da série Jason Bourne e pela realização de Michael Clayton) parece ter ficado demasiado obcecado com essa estrutura, tão fechado nela, que nem se apercebeu que, afinal, tudo acaba por ser tão previsível quanto o resultado de um jogo da selecção nacional.
E se há cenas tão deliciosas como aquela em que Tom Wilkinson e Paul Giamatti brigam que nem crianças numa sequência em câmara lenta, há outras em que desejamos que despachem as conjecturas adivinháveis à distância e nos levem directamente para os créditos finais.
Antes de mais, um sincero pedido de desculpas pela ausência. Há semanas em que, infelizmente, Inês Mendes não chega para tudo. Que o interregno não vos induza ao erro: O Elite Criativa está bem vivo.
Para vos acordar de uma forma bizarra, nada melhor do que falar da intenção de Russel Crowe em protagonizar um musical. Pois parece que o senhor está com dor de cotovelo em relação aos desempenhos que alguns dos seus compatriotas já tiveram ao longo das suas carreiras (com o expoente máximo no recente brilharete de Hugh Jackman nos Óscares) e confessou que está a trabalhar num guião para um novo filme, que o obrigará a atingir notas altas.
Diz o senhor: "There is a film that I'm looking at next year based on a book from an Australian writer which has a character within the book that plays in a band, so that's something I'm looking at the moment."
Gladiador meets Cabaret? Medo.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 07:56
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Terça-feira, 24 de Março de 2009
Assoberbada. Stop. Impossível escrever aqui. Stop. Até quinta-feira dias precisariam de mais do que 24 horas. Stop. Prometo regresso lá para sexta. Stop.
Terça-feira, 17 de Março de 2009
É isso mesmo, meus caros. Peter Jackson e Steven Spielberg lado a lado num pequeno vídeo sobre Tintin a marcar o início da rodagem e a chamar a atenção para a abertura do Museu Hergé. Delicioso.
Ora vejam aqui.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 09:45
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O realizador canadiano Rob Spence prepara-se para rodar um filme apenas com uma pequena câmara escondida no seu olho.
Em criança, o cineasta sofreu um acidente que o fez perder um olho e agora está prestes a desenvolver uma tecnologia que poderá tornar o seu problema numa vantagem.
O objectivo é que a câmara oculta no lugar do olho de Spence possa secretamente gravar imagens de pessoas para um projecto que abordará o tema da disseminação de câmaras de vigilância.
Podem espreitar a notícia aqui.
Quinta-feira, 12 de Março de 2009
A negociação foi difícil mas Mickey Rourke e a Marvel finalmente chegaram a acordo sobre a participação do actor em Iron Man 2.
Em Janeiro, falou-se pela primeira vez que o bad boy regressado poderia vir a interpretar o papel do vilão russo Whiplash na sequela mas, aparentemente, as primeiras ofertas tinham um valor demasiado baixo para o que ele pretendia.
Diz-se agora que, apesar do baixo valor, a entrada de Rourke no elenco nunca tinha estado em causa já que Robert Downey Jr. teria tido algumas conversinhas persuasivas com ele durante a temporada de prémios. Tenha ou não sido um conturbado processo, Mickey Rourke está finalmente (e oficialmente) no barco.
Quem também parece que vai constar dos créditos do filme é Scarlett Johansson. A actriz deverá tomar o lugar que estava destinado a Emily Blunt e fazer o papel da espia russa Black Widow. Johansson terá ficado com o segundo lugar no casting mas, dada a impossibilidade contratual da escolhida, terá sido repescada para o trabalho. Consta ainda que o agente de Johansson terá pedido uma quantia relativamente baixa para que a actriz desempenhasse o papel, facilitando a escolha da parte de Jon Favreau.
Vamos dando notícias...
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 14:02
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Este é para não falhar, meus caros. A grande estreia desta semana é o segundo filme que Clint Eastwood realizou no espaço de um ano (o primeiro foi A Troca) e que, neste caso, também protagoniza. Gran Torino é um acumulado nostálgico para deixar o nosso querido Clint guardado na memória.
No e-Cinema desta semana há ainda espaço para, Adam Renascido, uma fita de Paul Schrader, o realizador de American Gigolo e argumentista de Taxi Driver ou Touro Enraivecido, e Tempos de Verão, uma película de Olivier Assayas sobre a perda numa família.
Fora de circuito, o medo enfrenta-se em noite de sexta-feira 13.
Nos memoráveis, brincamos com a morte num filme da dupla Powell e Pressburger.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 13:30
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Segunda-feira, 9 de Março de 2009
Imaginemos que a maior parte dos espectadores que já foram ou irão ver Watchmen - Os Guardiões sabem ao que vão. Que sabem que este não é um vulgar filme de super-heróis (é a antítese disso), que é adaptado de uma B.D. muito (MUITO) celebrada assinada por Alan Moore e Dave Gibbons e realizado pelo visionário do digital, Zack Snyder. Meus caros, se fazem parte desse grupo, Watchmen é o filme que querem ver.
Já se, por algum acaso, andam a fazer sestinhas permanentes ou não ligam nada a estas coisas do cinema, provavelmente vale a pena perceber do que se trata este fenómeno chamado Watchmen para não levarem uma murraça no estômago durante a longa sessão de duas horas e 43 minutos.
Antes de tudo o resto, convém salientar que esta vossa cara amiga não leu a obra que deu origem ao filme. Sabe que se dizia ser inadaptável e um perigo com muitos riscos associados mas não a leu. É por isso que a minha humilde apreciação apenas pode falar-vos de Watchmen enquanto filme. E aí, meus caros, não há nada a temer (também não deverá haver no campo da adaptação mas aí já não me meto).
Watchmen - Os Guardiões é basicamente um filme sobre heróis sem super-poderes (à excepção de um) e muito moralmente duvidosos que se propõem a ajudar a salvar o mundo quando, na verdade, já não há qualquer esperança para ele. Nem para eles. O que acontece pelo caminho é um conto sobre ética, moral e a crua natureza humana. Uma história sobre o cinismo e o puro egoísmo e falso moralismo de um passado fictício, num ano de 1985 em que Nixon governava os EUA, num mundo à beira de uma III Guerra Mundial.
Ora pelo meio disto, uma cooperativa de heróis pouco ortodoxos tenta fazer o melhor que pode com a percepção que tem...Nada sem polémica.
Zack Snyder parece ter sido a escolha ideal para recriar este mundo de maravilhas digitais bem compensadas com uma história compassada, bem articulada e sem as habituais montagens frenéticas presentes no género. O elenco é meio caminho andado para o sucesso da fita com nomes como Patrick Wilson, Jackie Earle Hailey ou Billy Crudup a darem forma da maneira mais ideal aos seus personagens. E, meus amigos, a banda sonora é um mimo e faz um contraponto essencial com toda o universo fantástico que por ali paira.
É para ver e pedir mais...
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 16:18
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Quinta-feira, 5 de Março de 2009
Duas horas e 43 minutos de super-heroísmo desavergonhadamente amoral muito bem conduzidas pela mão de Zack Snyder. Não há como fugir à estreia de Watchmen - Os Guardiões e, por isso, o e-Cinema desta semana coloca o filme em destaque. Depois, falamos de Homem no Arame e Imagens de Palermo. Fora de circuito, deixamos uma das muitas boas sugestões da Monstra e nos Memoráveis recordamos Requiem for a Dream.
Vejam tudo no e-Cinema desta semana.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 08:55
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Terça-feira, 3 de Março de 2009
A excelência da Vanity Fair decidiu que as estrelas da comédia emergentes não passassem despercebidas e dedicou-lhes a sua mais recente capa.
De Seth Rogen a Russell Brand todos tiveram direito à sua fotografia em transfigurações de pater palminhas. E não, as fotos não são todas da extraordinária Annie Leibovitz. A da capa é mas as restantes são assinadas por vários fotógrafos residentes da publicação.
A minha preferida está ali em cima. Sim, aquele é mesmo Seth Rogen como Frida Kahlo. Mas, para verem todas (são todas uma delícia) basta passarem por aqui.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 08:49
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Segunda-feira, 2 de Março de 2009
O New York International Children's Film Festival dedica-se ao que o nome indica: filmes que se destinem a crianças. Apesar disso, o NY Times mostra que, este ano, as fitas em exibição podem ser um tanto enganadoras já que, muitas delas, não são assim tão destinadas aos mais jovens quanto isso.
Claro, parece continuar a haver o redutor preconceito de que a animação é para meninos (e, acreditem que, por cá, até junto de alguns profissionais da área parece ser fundamental continuar a bater na mesma tecla para contrariar a crença) e, por isso, muitos dos filmes que constam do cartaz, com temáticas como, por exemplo, a traição num casamento, são metidos no mesmo saco e percepcionados como fazendo sentido num festival que se destina às crianças.
Irritações à parte, o NY Times tem uma boa galeria de fotos sobre o festival a que vale a pena dar uma vista de olhos até porque algumas das películas com direito a destaque passarão por cá já na próxima semana, durante a Monstra.
Nota: Do festival não fazem parte apenas filmes de animação. Isto sou só eu a salientar algo que me parece...como dizer...disparatado.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 08:51
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É mesmo verdade. O Homem-Aranha vai ter direito a um musical. Aqui fica o artigo que fiz para o sítio do costume sobre o assunto.
Parece improvável mas o Homem-Aranha vai mesmo lançar as suas teias pela Broadway. O musical deverá estrear no próximo ano e terá a assinatura da realizadora Julie Taymor («Frida», «Across the Universe»). A tratar da música para o espectáculo estarão os veteranos U2, a dar os seus primeiros passos no mundo dos musicais.
O musical já tem título, vai chamar-se «Spider-Man: Turn Off the Dark» e levará até aos palcos a história das origens do aracnídeo. Desconhece-se ainda que vilões estarão presentes ou quem poderá assumir o papel do super-herói mas já se fala no nome da actriz Evan Rachel Wood como sendo parte do elenco.
Julie Taymor tem uma não muito longa mas consagrada carreira no cinema mas não é uma estranha aos palcos.Foi ela quem, em 1997, transformou o filme da Disney «O Rei Leão» num estrondoso musical de palco que ainda continua em cena na Broadway e que tem percorrido várias cidades pelo mundo inteiro.
O espectáculo venceu seis prémios Tony (os galardões dos musicais), incluindo o de Melhor Musical, fazendo de Taymor a primeira mulher a vencer um prémio pela direcção de um espectáculo deste género.
A história diz que, sempre que músicos queridos do público tentaram a sua sorte na Broadway não se saíram mal. Paul Simon, Elton John ou Harry Connick Jr. foram apenas alguns dos artistas cujas mentes inventivas criaram canções com sucesso para musicais. Veremos se os U2 lhes seguem os passos.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 08:48
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