Domingo, 13 de Abril de 2008

A esta hora nada mais do que isto

David Fonseca e Rita Redshoes: os melhores (e maiores) actores da nossa praça. Quem não ouve ou está definitivamente de costas viradas para a música portuguesa ou tem problemas de visão e audição.

Já fui a muitos concertos no Coliseu mas como o de hoje, meus amigos... Diga-se que não está abaixo dos de muitos artistas de outros países que nos visitam na mítica sala. Uma maravilha...
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Sábado, 12 de Abril de 2008

Zombies pela manhã



É já na próxima quinta-feira que estreia o regresso do senhor zombie, George A. Romero. O filme tem a terminação habitual (dead) mas desta feita tem como início de título Diary.

Para os que ficaram confusos com a minha hiperactividade matinal, serve este post para dizer que devemos todos estar atentos a Diary of the dead, um filme de zombies sobre um grupo de estudantes de cinema que decide fazer um filme de terror e acaba dentro de um.

O olhar é o da câmara dos alunos, tal como O Projecto Blairwitch, ou Cloverfield, ou REC, mas este particular ponto de visão é do mesmo cineasta que faz com que todos se refiram a ele quando a palavra zombie surge numa conversa.

Na próxima semana, as distribuidoras apresentam-nos o número absurdo de nove estreias mas, sem volta a dar, Diary of the dead vai ser uma sessão incontornável para os fãs. Para apreciação andam à solta neste post umas criaturas com incontrolável vontade de morder transeuntes.



E já que falamos em estreias da próxima semana, livrem-se de não ver isto. Dan in real life é uma pequena maravilha. A seu tempo, trataremos dos pormenores. Ora fiquem lá a salivar.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 08:58
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Sexta-feira, 11 de Abril de 2008

Com o devido atraso mas o entusiasmo merecido



O título refere-se à minha dívida para com The Mist. Não o vi pela altura da sua estreia mas já o vi há uns dias e ainda não me tinha debruçado sobre este mui nobre filme de Frank Darabont (ah, Os condenados de Shawshank) que, a sobrecarregá-lo, tem o peso de ser uma adaptação de um livro assinado por Stephen King.

Não vale a pena perder tempo com sinopses visto que, por esta altura, já todos devem saber que em causa está um nevoeiro que traz consigo coisas estranhíssimas e um supermercado que serve de fortaleza ao último reduto de habitantes da cidade (e também porque pretendo, já a seguir, ter aquilo a que os comuns dos mortais chamam de vida social e não quero ficar aqui muito tempo).

Posto isto e sendo o mais breve e directa possível, The Mist é um grande filme de monstros mas é também um grande ensaio sobre a interacção humana - e provinciana - e chega ainda a ser uma chamada de atenção para o estado político-ambiental das coisas (e o homem é, tal como no recente The Host, o culpado da presença das criaturas indesejáveis).

Depois, Marcia Gay Harden é do melhor que se pode colocar dentro de um supermercado a infernizar o juízo aos mais santo dos santos e Thomas Jane (not my cup of tea) é competente no papel que lhe é atribuído.

Ainda para mais, perante a difícil tarefa de filmar (e depois montar) cenas com um nevoeiro cerrado, a equipa de The Mist faz um trabalho exímio, deixando o suspense nos momentos certos e oferecendo belas e pausadas composições quando o cenário o impõe.

Aviso à tripulação: a seguir vêm spoilers.


Ainda que tenha ficado chateada com o facto de nos ser oferecido um fim dividido entre o espectacular (mortes sarcásticas) e um cor-de-rosinha falso (então mas afinal os monstros podem todos ser dizimados?), The Mist é, sem dúvida, um dos melhores que este género já ofereceu em 2008. Claro que aqui há a perturbação de Stephen King a trabalhar.

Posto isto despeço-me dizendo apenas para terem cuidado com os gafanhotos.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 20:15
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The Spirit com novas caras



Já tínhamos visto por aí imagens de fabulosos cartazes repartidos de The Spirit. O novo projecto de Frank Miller começa a causar burburinho, com imagens escapadas aqui e ali mas a Lionsgate apressa-se a retirá-las.

No entanto, sabe-se agora dois nomes que vão passar a constar do elenco deste filme adaptado da banda desenhada dos anos 40 (publicada em jornal) que tem como autor Will Eisner. Nem mais nem menos do que Scarlett Johansson no papel da femme fatale Silken Floss e Samuel L. Jackson como The Octopus.

Sabe-se ainda que, já no próximo sábado, dia 19, vai ser libertado (só para fazer uma tradução literal manhosa da palavra inglesa) o primeiro trailer na Comic Con de Nova Iorque.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 19:57
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Quinta-feira, 10 de Abril de 2008

Manoel de Oliveira está a bater nos 100...

...mas nem aos 70 fazia filmes assim. Perdoem-me mas, com todo o respeito que tenho pelo senhor, não posso deixar de fazer esta comparação despropositada (só mesmo porque tem piada). Falo de Youth without youth, o novo do novíssimo Francis Ford Coppola. Aos 68 anos, fazer filmes assim é obra. Aqui ficam as notas sobre ele.

Francis Ford Coppola tem 68 anos e já não realizava um filme há dez. Tem cinco Óscares em carteira, O Padrinho como imagem de marca e o Drácula de Bram Stoker como o seu último grande filme. Hoje volta rejuvenescido. Os anos não se notam porque Coppola está a gozar Uma segunda juventude.

Foi em 1997 que Francis Ford Coppola, do clã Coppola, que tem árvore genealógica para continuar o negócio da família (os filhos Sofia e Roman e o sobrinho Nicolas Cage), fez o seu último filme, The Rainmaker. Para trás, todos recordam a trilogia O Padrinho, Apocalypse Now ou O Drácula de Bram Stoker como fitas com direito a entrada directa na lista «a ver antes de morrer». Coppola demorou, digeriu, procurou chegar àquele projecto que tinha de fazer e voltou reinventado com Uma segunda juventude.

O realizador decidiu levar até ao cinema o livro de Mircea Eliade, um escritor e historiador religioso romeno reconhecido mundialmente, tendo levado consigo as profundezas dos seus estudos.

No centro está o actor Tim Roth, o escolhido (e bem escolhido) para interpretar o papel larger than life (literalmente) de Dominic Matei, o professor de linguística que tem como projecto chegar à origem de todas as linguagens. Um dia, o mesmo dia em que planeava suicidar-se com estricnina, é atingido por um raio e sobrevive milagrosamente.

Mais, o encontro com o perigoso acontecimento meteorológico deixa-o com uma capacidade incompreensível para um homem de 70 anos – curiosamente ou não, a idade aproximada de Coppola. É que Dominic parece um cavalheiro de 40 e, para além da visível revitalização física, tem a memória de um elefante nos seus melhores dias.

Uma segunda juventude apresenta-se no cenário da II Guerra Mundial, com interesses nazis à volta do fenómeno Dominic Matei e com conspirações típicas das forças de segurança alemãs. Ao mesmo tempo, Uma segunda juventude é um filme sobre um super-herói que, como todos, passa pela fase de estranheza face ao novo poder e depois decide usá-lo da forma que mais o beneficia. A não esquecer, Uma segunda juventude é uma história de amor entre uma mulher reencarnada e em regressão até aos primórdios dos tempos (Alexandra Maria Lara) e um homem a procurar as origens das coisas. É uma dissertação filosófica sobre os meandros de um eu em decomposição.

Todas estas partes apoiadas pelo todo que é composição visual de Coppola. O mesmo homem que consegue fazer poesia com planos invertidos e colocar delicadamente símbolos religiosos (rosas vermelhas) nas mãos do protagonista naquele momento certo.

Uma segunda juventude é, ainda mais, uma viagem bipartida. Ao espectador que assistir a uma sessão com intervalo, poderá ficar a sensação de que, no início da segunda parte, entrou num filme diferente. Mais demorado, menos negro na estética mas mais escuro na narrativa. Uma segunda metade que, embora sempre meticulosamente arrumada pela câmara do cineasta, tende a alongar-se mais do que deveria.

Coppola revisita-se, rejuvenesce e encontra também uma nova idade. Youth withouth youth, à letra Juventude sem juventude é-o para o personagem principal mas acaba por não o ser para Coppola. Esse, apesar dos cabelos brancos, voltou em força e talvez não seja necessária mais uma década para que volte a fazer história com os seus filmes.

publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 19:34
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Os zombies espanhóis outra vez

Já falámos e falámos disto mas não posso deixar de recordar que hoje é o dia de estreia de REC. Tenho medo de voltar a vê-lo agora. Sem a envolvente do Fantas temo que não goste assim tanto dele. Por agora, continua a parecer-me um senhor filme de zombies. Deixo-vos um artigozinho acabado de sair do sítio habitual.

No Fantasporto teve direito a aplausos, saltos na cadeira e gritos ocasionais. Foram os seus zombies que venceram o festival. Nos Estados Unidos, a máquina de Hollywood já lhe arranjou um nome em inglês e prepara um remake. Hoje, chega às salas portuguesas (normais) e promete deixar os espectadores a olhar para trás das costas. Sempre com o botão REC ligado.

REC é espanhol e leva-nos até um quartel de bombeiros que, por uma noite, recebe a visita de uma equipa de reportagem. O programado era ter uma jovem jornalista (a promessa vencedora de um Goya, Manuela Velasco) e o seu repórter de imagem a captar tudo o que um bombeiro faz numa noite. Mas esta não era uma noite vulgar.

Filmado pela câmara do operador de imagem, o filme é uma viagem alucinante por um prédio que tem muito mais do que uma idosa a precisar de ser salva. Os habitantes foram atacados por um vírus que os transforma em zombies e que os deixa com uma vontade incessante de morder os outros. A ajudar à festa, a polícia coloca o prédio em quarentena com os moradores, a equipa de reportagem e os bombeiros lá dentro.

  E, claro, não esqueçamos que REC tem uma personagem bem portuguesinha. Uma menina pouco afável que fez manchete em muitas capas de jornais. Mais não dizemos.

É um Cloverfield sem monstro, efeitos especiais ou uma grande cidade. É um 28 dias depois com zombies que não o são verdadeiramente. Muito mais claustrofóbico do que o projecto de J.J. Abrams, REC coloca o espectador dentro do edifício à espera que um dos infectados surja para o morder. Foi também o filme que teve o mérito de provocar ondas de susto na 28ª edição do Fantasporto e alguns gritos que muitos dos presentes não conseguiram conter.

No final do festival, foi o grande vencedor na categoria de cinema fantástico e o estatuto concedeu-lhe rapidamente uma data de estreia em salas nacionais. Este é REC, de Jaume Balagueró e Paco Plaza. Em Hollywood já se prepara uma versão em inglês mas a experiência já nos diz que o já intitulado Quarantine dificilmente poderá superar a sua musa inspiradora.

publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 11:10
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Quarta-feira, 9 de Abril de 2008

Disney e Pixar apenas a três dimensões



O plano está delineado. A Disney/Pixar vai lançar todos os seus próximos filmes em tecnologia digital 3D. A Dreamworks já tinha anunciado o mesmo no Verão e, revolução imposta, os nossos amigos da Disney decidiram fazer o mesmo. Já em 2005, com a exibição em 3D de Chicken Little, o sucesso tinha deixado o caminho aberto para uma progressiva tomada do poder por parte das três dimensões.

O primeiro projecto a atrever-se será Bolt, a história de um pastor alemão que toda a vida esteve trancado num estúdio de televisão e que acredita ter superpoderes, mas o plano já tem na calha seis novos filmes da Pixar nos próximos quatro anos. E convenhamos, plano que tem na lista títulos como Toy Story 3 e Cars II, feitos pelos mesmos senhores que há anos nos vêm a deslumbrar, não pode falhar.

Ainda assim, acho que vou sentir a falta da velhinha animação tradicional.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 21:41
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Terça-feira, 8 de Abril de 2008

Iron Man: Correr antes de andar

A Paramount lançou mais um pequeno clip de Iron Man para adoçar a boca dos curiosos. Robert Downey Jr. (o grande) parece experimentar atrever-se em altos voos regendo-se pela máxima "Sometimes you got to run before you can walk".

Como Maio vai ser um mês concorrido, é preciso ir abrindo caminho para cada um dos (promissores) blockbusters deste ano.

Aqui fica mais um rebuçado.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 15:30
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Bush e amigos, sim senhores...

...mas em versão bem parecida.


O elenco para o novo filme de Oliver Stone, W, um biopic sobre George W. Bush, continua a ganhar nomes e a soar cada vez mais estranho.
Depois de Josh Brolin, Elizabeth Banks e James Cromwell seguem-se Thandie Newton e Ioan Gruffud. A primeira será uma espécie de Condoleezza Rice depois de passar por um extreme makeover e o segundo interpretará o muito britânico Tony Blair.

Temo que a estranheza causada pela congregação de actores desvie a atenção do mais importante: o filme.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 15:14
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Segunda-feira, 7 de Abril de 2008

Guillermo Del Toro: A base de dados



O El Pais vai conseguindo, através de reportagens, notícias e artigos de opinião, deixar a sua base de dados de perfis cada vez mais recheadinha.

Reparei hoje, a propósito de um assunto que não é novidade para ninguém (o realizador para The Hobbit), que a página do jornal espanhol (online) dedicada a Guillermo Del Toro já acumula uma série de artigos mais do que simpáticos.

O multimédia nos média prossegue a saga de construção de dossiers de informação cada vez mais apelativos, muito afastados da comum biografia. Com recurso a pequenas histórias, fotos, flash e vídeos, conseguimos aprender mais sobre alguém do que acompanhando cronologias (se bem que esse lado é fundamental para informação pormenorizada).

Para os que, como eu, gosta de se alimentar de reportagens e artigos de opinião, vão passando pelo El Pais. Fica o exemplo de Del Toro.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 11:44
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O nosso amigo da bolota

Já vos tinha falado do aperetivo servido antes do visionamento de Horton hears a who aqui. Enquanto fazia a ronda matinal pelo agregador de feeds, percebi que o Cineblog tinha desencantado o precioso teaser. Aproveitei para pedir o link emprestado e para voltar a dizer: para quando uma longa-metragem só com esta criatura?
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 11:37
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Domingo, 6 de Abril de 2008

Tinha 84 anos e não morreu pelas armas



Charlton Heston já não ia para novo. A sua imagem ficará para sempre associada a figuras históricas no cinema. Ele foi Miguel Ângelo, Ben-Hur, Moisés e El Cid. Nos últimos anos vimo-lo em Planet of the Apes de Tim Burton e na (ligeiramente abusada) cena em que Michael Moore lhe entra pela casa dentro no seu Bowling for Columbine.

Não é possível esquecer o lado menos razoável do senhor. Sim, porque Charlton Heston tinha a sua faceta de lover of guns (desculpem o off topic - só mesmo para colocar aqui a palavra, Fred). Era um dos mais acesos defensores de armas nos Estados Unidos e fazia permanente campanha pela NRA (National Rifle Association) no papel de presidente. Nunca a frase "from my cold dead hands" poderá soar da mesma forma.

Heston morreu ontem em casa, aos 84 anos e aos 60 anos de carreira. Já sofria de indícios de Alzheimer há alguns anos e a sua saúde tinha vindo a deteriorar-se desde aí. Curiosamente, as armas não o mataram.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 16:29
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