Sábado, 30 de Junho de 2007
Apenas umas dicas soltas para não adiantar em demasia...
Sim, é Michael Bay e nota-se (no heroísmo americanizado e em mais umas quantas situações)...
Sim, a adaptação é boa e leva-nos de volta aos desenhos animados (com direito a
"I am Optimus Prime" e a
"Autobots, roll on!")...
Sim, é um sério candidato a
blockbuster do Verão...
Fico por aqui até Quinta-feira.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 23:18
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O
The Guardian publicou uma lista a ter em conta. Não é uma experiência inédita mas é sempre agradável quando novos levantamentos se nos apresentam.
Para dar uma vista de olhos ou para seguir à risca, aqui fica a lista dos
1000 filmes para ver antes de morrer.
Quinta-feira, 28 de Junho de 2007
Aqui ficam algumas considerações sobre este filme que, infelizmente, me parece que não vai ser alvo de muita exposição. É que, meus amigos, isto é bem jeitoso.
"Uma rapariga morta. A última coisa que viu foi o céu e as árvores. Alguns caminhos profundamente alterados pela rapariga. Não pela sua vida, mas pela sua morte. A Rapariga Morta recolhe pontos de inspiração e alia-os aos ideais da realizadora. Se quiserem, é uma espécie de 21 Gramas que encontra Sete Palmos de Terra e incide sobre o retrato feminino. No fim de contas, o que mais fica é o facto de ser uma bela surpresa de Verão sem a futilidade e a rapidez do formato quente tão comum por estas alturas.Um cadáver é encontrado disposto de forma quase poética por uma mulher de face envelhecida e de semblante de tristeza reconhecível. A câmara acompanha-a como se o cenário se tratasse de um quadro expressionista, passo a passo, até ao total reconhecimento da figura central do filme de Karen Moncrieff. É esta a primeira pessoa a quem a rapariga morta vai tocar: a estranha. Uma mulher alienada pressionada pela sufocante mãe que, depois do encontro, decide libertar-se e seguir em frente.
Para além da estranha, o filme anuncia-nos as mudanças de personagem com designações tão claras como «a irmã», «a esposa», «a mãe» e, claro, o mote para o ciclo, «a rapariga morta». O ecrã insiste em ir a negro e demarcar os blocos para que confusões não existam. Os capítulos são, tal como todo o filme, um statement à volta do conceito de libertação.
A estranha liberta-se da opressão, a irmã do passado, a esposa vê-se livre do marido e a mãe afasta-se da mentira. Todos são de alguma forma influenciados por aquele corpo que, sem o saber, está a dar origem a uma epifania que encontra em comum apenas o motivo mas, no entanto, não se cruza mais, nem tenta inventar razões para ligar todas as narrativas. Todos os retratos trazem-nos à memória a forma como Alejandro Gonzalez Iñarritu estruturou 21 Gramas e os dilemas tantas vezes rodeados em Sete Palmos de Terra. Tudo joga bem, sem exageros nem imitações desinspiradas. As escolhas devem-se à dona da fita, Karen Moncrieff que, quer pelo seu percurso, quer pelos seus princípios, acaba por criar mais uma das suas peças de reflexão. Moncrieff realizou, ela própria, um episódio da série da HBO e conta já com um caminho «escuro» no cinema (dirigiu Blue Car), cheio de temáticas duras e representações femininas. De certo modo, ela é uma activista pelos direitos das mulheres. Esta é a maneira que encontra para o demonstrar. Em A rapariga morta os homens são secundários. São as mulheres quem toma o protagonismo e é por elas que os problemas passam e são ou não solucionados. The Dead Girl é uma pausa nos filmes sem pretensão profunda que têm invadido as nossas salas de cinema, como sempre, nesta época de férias. Mal não vem ao mundo com essa avalancha de fitas mas sabe bem parar para saborear um argumento consistente e reflectivo que ainda por cima é acompanhado por uma câmara intrusiva e intimista.
A não perder também são as interpretações deste elenco portentoso que reúne a versátil Toni Collette, a recém descoberta Rose Byrne, a sempre irrepreensível Marcia Gay Harden, nunca esquecendo uma Brittany Murphy (a dita rapariga morta) que consegue surpreender os mais cépticos. Se conseguirem resistir ao regresso a John McClane ou se vos sentirem com disposição para duas sessões seguidas, não percam a oportunidade de o ver. Provavelmente vai passar despercebido mas é um forte candidato a melhor estreia dos últimos tempos. Aqui, morte só a necessária e no ecrã. O filme, esse, tem vida para guardar."Veio da
casinha verde a que vos começo a habituar, claro.
Cá vai a já habitual tabelinha de estreias, cortesia do caro Knoxville, dono do
Cinema Notebook. Desta feita, com
STOPS.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 20:12
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Terça-feira, 26 de Junho de 2007
25/06/07 -
Shrek, o Terceiro: O regresso do ogre verde, da princesa grosseira, do gato e do burro numa versão menos acutilante. Algum esgotamento nas ideias e no humor. A reunião de personagens queridas.[odeo=
http://odeo.com/audio/13354813/view]
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publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 23:16
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Segunda-feira, 25 de Junho de 2007
Como já devem ter notado, é pouco o tempo para actualizar a página de nome Calendário que estava ali no nível superior. Por essa razão, mas também porque calendário de estreias existe em quase todo o lado, decidi fazer um upgrade no Elite.
A página Calendário foi substituída por uma tab com a designação Cine-Encontros. A ideia é que, todas as semanas, eu deixe anotado, se quiserem sugerido, um acontecimento ligado às andanças da sétima arte.
Espreitem o desta semana. Na próxima há mais.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 22:47
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A água vai crescendo na boca e os
trailers vão aumentando. Os meus olhos passaram hoje pela nova amostra de
The Simpsons Movie e, claro, resolvi partilhá-la convosco.
Aqui fica. Gosto particularmente do
"da da da da" a acompanhar a tradicional música da
20th Century Fox.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 20:02
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O excêntrico-genial Quentin Tarantino decidiu retomar a história da assassina mais directa e mortífera do universo do crime organizado.
O realizador vai filmar
Kill Bill 3 e 4 na China e o produtor, Bennet Walsh, revelou alguns pormenores sobre a trama.
Na terceira parte, dois matadores que já foram alvos da crua Beatrix Kiddo voltam para se vingar. Por sua vez, o quarto filme trará duas filhas que vão querer vingar a morte da mãe.
Estarei à porta do cinema assim que chegarem.
A culpa é do S. João. Na Sexta-feira rumei até ao Porto e só ontem bem à noite regressei. Por essa razão, não pude pôr as minhas mãozinhas neste belo estaminé.
Agora estou de volta, em força.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 19:25
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Quinta-feira, 21 de Junho de 2007
Tantas horas passadas na companhia de Charles Foster Kane e da sua "Declaração de Princípios" enquanto fazia a minha abençoada (ou não) tese...
Um painel de críticos, historiadores e especialistas criaram uma lista para atribuir classificações aos melhores filmes de todos os tempos.
O filme de Orson Welles conseguiu, pela segunda vez nesta década, ficar na posição de topo.
De entre a lista, há apenas quatro lançados na última década: o meu adorado
O Senhor dos Anéis: a Irmandade do Anel; o fabuloso conflito de Spielberg,
Saving Private Ryan; a catapulta de Shyamalan,
O Sexto Sentido e, com este que aí vem tenho de discordar,
Titanic.
Cá vos deixo mais um textinho de quinta-feira, que andou pelo
estaminé do costume, também ele verde como o ogre.
No fundo, é isto tudo que eu penso da terceira aventura do monstro verde mais requisitado do mundo. Aproveito para vos dizer que os primeiros ecos que me chegaram do
Die Hard 4.0 foi positivo.
"A galáxia não é «far far away» («Bué, bué longe» na possível tradução para português) mas o reino toma essa nobre designação. Há pouco sangue azul neste mundo onde os castelos são de contos de fadas e as avenidas se assemelham a uma Beverly Hills medieval. Por entre as muralhas do castelo, o verde tomou de assalto a monarquia e, sem cognome nem descendência real, ganhou direito a morar no trono. Senhores e senhoras, façam uma vénia para sua majestade, Shrek, o Terceiro.
Talvez ainda não seja desta que o ogre mais acarinhado do mundo se torna rei. Como seria de esperar, a ideia aterroriza-o. Se assim não fosse algo tinha tomado um caminho bem diferente neste conto de fadas passado à margem do cor-de-rosa habitual. Habituámo-nos a ver princesas caricaturadas, príncipes de retrato fútil e superficial, quais Paris Hilton dos cavaleiros, e figuras incontornáveis do nosso imaginário infantil «recriadas» numa nova interpretação.
O chavão «...e viveram felizes para sempre» despiu-se de romantismos e ganhou um novo fôlego com a chegada de Shrek. Os tempos das Brancas de Neve, dos Bambis e das Cinderelas chegaram ao fim ou, pelo menos, foram reintegrados nesta nova modernidade oferecida aos personagens clássicos. Agora, ao terceiro balanço, há ideias esgotadas e fórmulas excedidas mas, não há dúvidas de que um tempo passado com a família real mais estranha dos livros, nunca é desperdiçado. Shrek, o Terceiro, tem o peso do número três, não respira o fresco de que precisava, mas acabamos por nos render, ainda que só aos olhos mais persuasivos do mundo da animação: os do Gato das Botas.
As expressões recorrentes desta época quente do cinema são, sem dúvida, «de volta» e «o regresso». A terceira parte de Shrek não é excepção e, por isso, aqui faço uso do português obrigatório. Shrek, Fiona, o sedutor gato e o barulhento burro estão «de volta» para mais uma missão arriscada. O rei tornado sapo, pai da princesa de aspecto pouco delicado, está às portas da morte e, por entre tosses e engasgos, faz um último pedido. Alguém tem de assegurar a sucessão no trono e só existem duas alternativas: ou o marido da sucessora se torna rei ou terão de convencer o primo afastado que resta no parentesco a assumir o papel de crucial importância.
A equipa habitual «regressa» com garra (cá está de novo o termo) e parte em busca do novato e liceal futuro rei que, imagine-se, se chama Artur. Para complicar o percurso há um príncipe encantado sempre egocêntrico que reúne figuras menos boas dos contos de fadas (do Capitão Gancho à Bruxa Má) e que, de certa forma, as sindicaliza para partirem em luta pelo lugar na cadeira suprema. Para além daqueles que já esperamos, há um último reduto a combater os «maus da fita». É uma espécie de agrupamento de princesas duronas que brigam que nem homens mas que, simultaneamente, se juntam em encontros a lembrar as tardes de tagarelice em O Sexo e a Cidade. O número três de Shrek revela uma fórmula com pouco mais para explorar. O caminho que se tenta seguir é o de tentar trazer para a cena muitas mais personagens que toquem à memória do público mas, na maioria das vezes, ou porque a quantidade é exagerada, ou porque não é dada a devida atenção a cada uma, não nos apegamos a elas. É o caso do pequeno Artie, o rei «to be» com a pouco convicente voz de Justin Timberlake.
Nas personagens habituais já pouco há para trazer de novo e o esgotamento é notório quando, por exemplo, se recorre a uma troca de corpo entre burro e gato que acaba por nos deixar desligados de um e de outro. Também aquele tom de liberdade criativa que resultava em piadas arrojadas parece ter desvanecido. Há mais preocupações em não expandir o atrevimento porque, claro, há mais cuidados para agradar a um público progressivamente mais vasto. Apesar de ser visível a falta de novas saídas, há momentos de humor valiosos.
Aponto aquele em que a Branca de Neve oferece um anão a Fiona ou outro em que o «fatal» gato mostra os seus talentos de Don Juan. Lá pelo meio, o Burro também protagoniza um momento de estrela de rock bem digno. Shrek, o Terceiro, é, seguramente, uma terceira parte menor mas nunca pode dizer-se dele ser um desperdício. Bastam dois segundos daqueles olhos felinos totalmente desarmantes para nos prender ao ecrã. Basta uma gargalhada sincera para continuarmos a seguir a narrativa com atenção.
Rendemo-nos, ficamos e não reclamamos, presos aos personagens que, mesmo começando a ganhar uma tonalidade verde no geral, chegam para não nos tornarmos provincianos lenhadores a fugir do temível ogre."
Quarta-feira, 20 de Junho de 2007
Isto vai dar um resultado catita. O realizador Marc Forster, que antes conhecemos por
Monster's Ball (que valeu o óscar a Halle Berry) e
Finding Neverland (uma delícia de história que nos põe a desejar rever
Peter Pan), vai ser o próximo realizador de
James Bond.
Poderá isto significar que os produtores de Bond querem aprofundar o perfil psicológico do personagem?
Depois da última experiência, positiva diga-se, com
Casino Royale, podemos estar a assistir a um renascimento consolidado do agente secreto mais famoso do mundo.
Tenho fé. Acreditem, este post não é uma desculpa esfarrapada para publicar no
Elite uma imagem do bom rapaz que é Daniel Craig. De qualquer forma, impõe-se.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 21:13
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