Terça-feira, 22 de Maio de 2007
No 64º aniversário do festival todos os jurados serão realizadores. A ideia assemelha-se ao que já foi feito nas bodas de ouro do evento, com Bernardo Bertolucci a liderar.
Yimou foi o escolhido, diz a organização, por
"o único realizador do mundo que ganhou todos os prémios mais importantes da Mostra de Veneza em menos de dez anos".
Se não estão a recordar-se de quem é o senhor, lembro-vos que ele realizou
Esposas e Concubinas e, mais recentemente,
Herói. Como habitualmente, aqui ficam imagens deste último para vos trazer o realizador de volta à memória.
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=7PU8RVPZJ_g]
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 14:41
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Começou ontem o Festival de Animação de Lisboa, a Monstra, e eu estive por lá. Deixo-vos o que escrevi hoje sobre o evento...
"O corpo e o vídeo. A animação russa em retrospectiva. Uma sala cheia. Foram estes os pontos altos da abertura do Festival de Cinema de Animação de Lisboa, o Monstra, ontem à noite, no Teatro Maria Matos. O acontecimento que se define como «um espaço de encontro e convergência do cinema de animação com outros media e com outras artes» abriu as portas para sete dias de exibições. Às nove da noite, hora marcada para o início das festividades, ainda se fumavam cigarros à porta do Maria Matos e guardava-se lugar na fila para comprar bilhete ou trocar o convite por um bilhete genuíno. No entanto, tudo estava calmo. Nada de pressas para a mostra, ou melhor, para a Monstra. Quando o auditório reservado para o certame que vai durar até ao próximo dia 27 finalmente se compôs e as luzes se apagaram, foi tempo de juntar o corpo ao vídeo e a voz aos efeitos no espectáculo .txt, um dos muitos que acompanham a exibição de filmes no evento. Durante vinte minutos um corpo dá ao movimento passos livres para seguir ou comandar as projecções visuais com expressões que vão correndo o palco de uma ponta à outra.
Movimentos sincronizados de um bailarino acompanhados pela voz do actor que, atrás de uma secretária fala dos conceitos mais abstractos como «conflito, simbiose e paradigma».
Era o aquecimento para a noite de animação que se avizinhava, no ecrã e fora dele. Os organizadores deram as boas vindas com um sonoro e vocalmente esforçado «a Monstra cresceu» e deram a partida para o que consideram ser «o deslumbramento» da animação. O propósito da noite foi o de homenagear um dos mais influentes cineastas de animação russos, Fyodor Khitruk, senhor a quem Walt Disney fascinou durante os anos 30 e tendo causado nele o irreprímivel desejo de criar as suas próprias obras. Apesar da vontade, seria apenas em 1962, com 44 anos, que Khitruk se passaria a chamar «autor» de animação. Na retrospectiva ontem exibida, foi possível assistir ao seu primeiro filme, Story of a crime, também o primeiro a correr na tela do teatro na noite de inauguração. Esta curta fita sobre um homem acusado de assassinato marcou o panorama russo dos anos 60 por ultrapassar a censura com o seu aspecto estilizado e a sua temática pouco infantil.
A inscrição «fim» abriu caminho para Man in the frame, talvez o mais contido dos quatro que ontem foram revistos no Monstra. Ainda sobrou tempo para o burlesco Film, film, film que, tal como o nome indica, retrata satiricamente o processo de realização de um filme e para Winnie the Pooh, nos primórdios da adaptação, bem antes do urso amarelo e composto que nos habituámos a ver. O serão fechou com o espectáculo de dança Les Pastis mas as movimentações no Maria Matos e nos Cinemas King, espaços escolhidos para acolher o festival, prometem continuar até ao próximo Domingo."Aproveito para dizer que não me esqueci do
Acabo de Ver, só não tive acesso aos recursos técnicos necessários ontem à noite. Peço-vos desculpas e prometo a actualização mais logo.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 14:22
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Domingo, 20 de Maio de 2007
...quem reina são os irmão Coen.
Foi ontem exibido em Cannes o filme de Joel e Ethan Coen,
No country for old men com uma opinião positiva generalizada por parte da imprensa. O filme, que já foi considerado por alguns como o melhor dos irmãos, é uma crónica sobre uma perseguição exaustiva entre as fronteiras dos EUA e do México.
Nos papéis principais estão Josh Brolin, Javier Bardem, Tomy Lee Jones e Kelly McDonald que receberam boas votações por parte da crítica e aguardam pelas decisões sobre o prémio para melhor interpretação.
O
El Pais usou a seguinte expressão:
"una acción sin tregua y unos personajes perfectos".Aguardemos até que chegue até cá.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 09:52
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Presentes recebidos devido à minha quase obsessão pelo cinema a propósito dos recentes 23 anos.
(Deste já vos tinha falado)
Obrigada aos que ofereceram prendas cinéfilas e aos outros com ofertas igualmente jeitosas.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 09:40
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Ontem à noite vi, em extremo cansaço, aquele por que tanto aguardava: sua excelência, o último de David Fincher,
Zodiac.A cena inicial demonstra, logo à partida, o tom que o filme vai ter. O primeiro assassinato do Zodiac, um
serial killer que aterrorizou a zona de São Francisco nos anos 60 e 70, é mostrado lentamente, com pormenores para digerir, com a crueldade de o vermos pelo ponto de vista das vítimas, não do criminoso. A primeira cena também nos diz que, por mais que este filme possa vir a ter momentos em que nos perguntamos se é do mesmo homem que fez
Seven e
Fight Club, vai ter sempre a marca do ambiente obsessivo tão próprio de Fincher. Isso distingue-o. É isso que fascina.
Zodiac é muito mais do que a história do assassino, é a história de como a sua identidade desconhecida leva a uma busca transformada em obsessão por parte de um cartoonista de um jornal, de um jornalista estrela (porque também Zodiac era obcecado pelo mediatismo dos seus actos) e de um polícia que tenta resolver o caso.
Cinco anos depois de
Sala de Pânico, aquele que é, quanto a mim, a mais fraca das fitas de Fincher (o que não faz dela má), o realizador volta à acção com algo muito mais linear e realista do que
Fight Club (o meu eleito) e com muito menos surpresas do que
Seven.
Zodiac é um filme mais dentro da normalidade mas isso não faz dele um filme menor. É que, nesta história sobre o assassino mais interessante que aterrorizou São Francisco durante a infância de Fincher, para lá das boas interpretações e do argumento desenhado de uma forma original, quem ganha é a envolvente psicológica e situacional construída lentamente, que só a direcção de Fincher poderia ter feito.
Amanhã, com detalhe, no
Acabo de Ver. Deixo-vos o
trailer.
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=8dWgRfb17-M]
Quinta-feira, 17 de Maio de 2007
As salas de cinema portuguesas registaram, nos primeiros quatro meses de 2007, o total de
5.169.304 espectadores, o que equivale a uma perda de 1.063 espectadores por dia em relação ao mesmo período do ano passado.Reflictamos por um momento...
Já está? Quanto a mim as conclusões podem sumarizar-se em quatro:
1. Ninguém tem dinheiro para pagar bilhetes;
2. Ninguém tem tempo para ir até ao cinema;
3. O mercado de DVD's afastou as pessoas do cinema para ficarem no conforto do lar;
4. A pirataria permite ver os filmes ao mesmo tempo que eles estão nas salas de cinema (às vezes até antes) na plenitude de um belo ecrã de computador (não aprecio este ritual, a não ser com séries).
Todos juntos estes esclarecedores pontos explicam o esvaziamento das salas de cinema ou então o meu raciocínio não tem qualquer fundamento e não há público por toda uma outra ordem de razões muito mais fundamentada.
O propósito deste
post não era demonstrar resultados. Era só deixar aqui um grande e entusiástico "VÃO AO CINEMA!".
Foi o nosso próprio Manoel de Oliveira, de 98 anos, na nossa mundialmente reconhecida língua, a declarar a abertura oficial do Festival de Cannes. Ao seu lado estava a actriz tailandesa Shu Qi, 31 anos.
Diane Kruger teve a responsabilidade de assumir o papel de mestre de cerimónias e também ela explicou a escolha do português e da tailandesa para a declaração oficial. A dupla representa, por um lado, a sabedoria e a experiência e, por outro, a modernidade e a graciosidade no cinema.
Na pequena intervenção em francês, Manoel de Oliveira sublinhou o facto de este antigo e "prestigioso" festival ainda continuar " muito jovem" e terminou, selando a abertura das festividades com uma pequena frase em português.
Se se estão a interrogar sobre o porquê da escolha da foto, digo-vos que aquela é a equipa responsável pelo filme de abertura,
My Blueberry Nights.
Fecho o artigo com uma sugestão. Se vos apetecer vão passando por
aqui para irem lendo coisas como
esta.
Quarta-feira, 16 de Maio de 2007
Numa ronda pelos blogues sobre o assunto que todos sabem ser o meu predilecto descobri
neste um cartaz digno de nota. Pelos filmes e pelas conferências, vale a pena dar um salto. Cliquem na imagem para saber pormenores.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 20:03
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My Blueberry Nights de Wong Kar Wai, com Norah Jones a estrear-se como actriz, tem a responsabilidade de abrir o mais importante festival de cinema do mundo, com o peso acrescido deste ano marcar o número 60.
Ocean's Thirteen,
The Golden Compass e um concerto dos U2 em 3-D, são apenas algumas das atracções do certame que tem hoje início e que dura até ao próximo dia 27, altura em que será entregue a desejada Palma de Ouro.
Por agora, vamos sublinhar o interesse para o próximo Domingo, dia em que, como homenagem aos 60 anos do evento, vai ser transmitida a longa-metragem, retalhada de curtas-metragens,
Chacun son cinema.
Muitos realizadores que, directa ou indirectamente, se cruzaram com Cannes foram convidados a fazer uma curta sobre a sua sala de cinema preferida ou sobre o culto de ir ao cinema. O resultado agrega todas as experiências e deverá ser, no mínimo, imperdível.
Continuarei a trazer-vos impressões sobre o que se passa por lá.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 08:44
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Chris Columbus, Mike Newell, Alfonso Cuáron (que eu muito aprecio) e David Yates. Todos eles foram responsáveis por um dos filmes da saga
Harry Potter e todos eles o realizaram de acordo com os seus parâmetros sobre aquilo que deve ser uma fita sobre o aprendiz de feiticeiro.
A
MTV decidiu perguntar a muitas outras caras conhecidas de Hollywood (realizadores, claro) o que fariam a Harry Potter se pudessem dirigir uma das películas.
Há respostas de David Fincher a Rob Zombie, de Guillermo Del Toro a Zack Snyder. Bela ideia!
Podem ler o artigo
aqui.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 08:25
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Terça-feira, 15 de Maio de 2007
Steven Spielberg e Peter Jackson vão juntar-se para um projecto naquela que é uma dupla improvável mas que deverá, com 99,7% de certeza, produzir um resultado alucinante (a julgar pela personalidade dos dois).
Já era sabido que o mundialmente conhecido Tintin ia ter direito a honras no cinema. Também já se sabia que Steven Spielberg ia estar envolvido mas esta novidade deixa-me com muita vontade de explorar o universo que os dois vão recriar.
A ideia é que se façam três filmes sobre o personagem e que, cada um dos realizadores, dirija, pelo menos, uma das fitas.
Hergé ia gostar de saber da notícia.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 10:56
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15/05/07 -
Renascimento: O renascimento da animação numa experiência formalmente muito interessante. O film noir futurista com inspiração na BD. O descurar do argumento e dos personagens.[odeo=
http://odeo.com/audio/12472443/view]
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publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 10:43
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