Segunda-feira, 30 de Abril de 2007
30/04/07 -
Cenas de Natureza Sexual: Um parque, uma tarde e sete casais. A qualidade dos diálogos não chega para fazer esquecer a fragmentação do argumento. A estética da televisão deslocada num filme para cinema.[odeo=
http://odeo.com/audio/11266753/view]
Download
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 20:28
link |
comentar
É num misto de honra e orgulho que vos trago uma novidade. Fui convidada pelo vizinho Knoxville, do
Cinema Notebook (
CN) para me juntar à iniciativa que todos os meses tem lugar de publicação no dito blog sobre cinema.
O
Elite Criativa passa, assim, a ser o oitavo representante a ter direito a opinião na tabela de estrelas do
CN. Para além da minha inclusão, este mês de Abril traz outra novidade à habitual tabela. Ela passa a conter não só as classificações para alguns dos filmes estreados mas também a escolha do filme favorito de um realizador a designar mensalmente.
Obrigada ao Knoxville pelo convite e um cumprimento aos donos de todos os outros blogs que agora vão ter de conviver com o nome do meu estaminé.
Roubando a descoberta à malta do
FirstShowing.net, decidi trazer-vos aqui o
poster do filme
Gardener of Eden.
Deste filme independente, pouco se tem falado, sabendo-se apenas que tem estreia marcada no
Tribeca Film Festival, ainda a decorrer. Conta com alguns nomes sonantes como Erika Christensen e Lukas Haas e a sinopse diz mais ou menos isto: uma comédia negra virada para a vida insignificante de um homem que trabalha num restaurante e que ainda mora em casa dos pais.
É bem possível que o filme não mereça muitos aplausos mas pelo esforço e pela originalidade dispendidos no
poster de promoção, fica aqui esta referência. Claro, deixo-vos também o alvo dos elogios.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 10:38
link |
comentar
Vi ontem, tentando não estragar a hora de folia futebolística da minha companhia (e, portanto, na sessão das 16h),
Scenes of a Sexual Nature.A premissa tem o seu potencial, consegue ser inspirada em alguns aspectos mas perde-se no caminho.
O fio condutor integra três aspectos comuns: uma tarde, o parque de Hampstead Heath em Londres e sete casais. A ideia é que, apenas ali, naquele espaço e com estes factores a reuni-las, as histórias dos sete se possam cruzar fluentemente (a trazer à memória, de certo modo,
Love Actually) e dissertar sobre o que as leva àquelas situações: o dito cujo amor.
Os diálogos são arejados, muito fluídos e abordam a questão sem grande lamechice. Algumas interpretações são bem jogadas, com especial destaque para a de Eilleen Atkins.
O problema está na fragmentação do argumento. Como disse, a ideia é cruzar as histórias naturalmente mas, no entanto, isso não acontece de forma bem sucedida.
A desculpa para tudo são o local e o tempo em comum e, daí em diante, tudo parece estar justificado. Mas não está. Sentimos as entradas forçadas em muitos momentos e isso não nos deixa concentrar somente no que ali é positivo: os textos.
Também a realização é pobrezinha, denunciando Ed Blum como um homem da televisão ainda a tentar apalpar terreno no cinema. É preciso ter em mente que são dois meios distintos e que o produto final deve reflectir isso mesmo.
Mais logo, no
Acabo de Ver, os desenvolvimentos destas histórias de natureza sexual.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 10:13
link |
comentar
Domingo, 29 de Abril de 2007
Esta semana começa oficialmente o Verão de estreias com o primeiro dos filmes mais aguardados: a terceira aventura do aracnídeo em
Spider-Man 3.
Os meses quentes prometem trazer de volta
Shrek,
Spider-Man e
Piratas das Caraíbas. Na lista de fitas que nos põem a roer as unhas aguardando a sua chegada estão também
Zodiac, de David Fincher e
Grindhouse (ou melhor,
Death Proof e
Planet Terror em separado), da dupla Tarantino/Rodriguez.
Se tivesse de escolher aquele que mais me deixa a salivar de pura ansiedade, optaria pelo novo de sua santidade, o realizador de
Seven e
Fight Club. Eu fico com
Zodiac. Sintam-se à vontade para opinar sobre a(s) vossa(s) escolhas aqui no
Elite.
Na próxima Terça-feira, dia 1 de Maio, a
Disney vai estrear
online, para o comum dos mortais e gratuitamente, nove minutos do seu lançamento deste Verão:
Ratatouille.
Temendo não conseguir combater os
blockbusters destes próximos meses e não sendo uma sequela (algo que se tem tornado garantia de sucesso), a
Disney dá este passo na promoção do filme, na esperança de despertar a atenção dos espectadores mais desatentos e menos interessados.
Com este pedaço de amostra, bem maior do que um
trailer normal, miúdos e graúdos deverão ficar a salivar para ver o filme completo no cinema. Liguem-se
aqui, na próxima Terça.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 11:36
link |
comentar
Sábado, 28 de Abril de 2007
Os dois primeiros filmes da saga
X-Men, realizados por Bryan Singer, traziam ao espectador uma convincente adaptação da
BD e deixavam-no deliciado pelos humanos transformados nos mutantes que tão bem conhecia.
Quando Singer seguiu para outro super-herói, os pupilos do
Professor Xavier ficaram condenados à morte num terceiro filme realizado por Brett Ratner que tentou trazer mais e mais poderosos mas apenas caiu no exagero que, lá para meio da fita, se tornou insuportável. Apenas a
Fénix para fazer suportar aquilo (e toda eu sou fascínio pelos personagens
X-Men).
Se todos juntos não resultam, nada melhor do que lhes tirar a alma e separá-los para, quanto a mim, fazer nada mais do que massas com essa individualização.
O primeiro a ganhar projecto foi, claro, um dos mais populares:
Wolverine. Ainda sem realizador designado, a película vai chegar às salas com o habitual Hugh Jackman e com argumento de David Benioff (um dos responsáveis por
25th Hour). Neste deposito alguma esperança, aguardando, no entanto, a notícia sobre quem vai assumir o papel de realizador.
Outro dos heróis ou, neste caso, dos vilões, a sair do grupo para ter o protagonismo num filme só seu, vai ser
Magneto. Sabe-se já que quem vai estar ao comando é David Goyer, realizador de
Blade:Trinity e argumentista envolvido em
Batman Begins,
Blade e
Dark City. O que me faz temer é o facto de a história reportar aos anos de juventude de
Magneto o que, obrigatoriamente, faz com que Ian McKellen não seja o escolhido para regressar.
Sou fã do universo
X-Men, da
BD, dos desenhos animados e dos dois primeiros filmes. No terceiro, voltei-lhes as costas. Agora, olho com desconfiança para esta fragmentação que temo não ser mais do que uma manobra de
marketing sem qualquer carinho para com os heróis mutantes. Se me surpreenderem, fico eternamente agradecida.
Sexta-feira, 27 de Abril de 2007
Ivana Baquero, a fantástica Ofélia de
O Labirinto do Fauno, assinou o contrato que a compromete com o seu primeiro papel em língua inglesa.
O filme em questão chama-se
The New Daughter e trata os conflitos de um pai solteiro que procura combater o comportamento sinistro da filha, mudando-se para um quinta no meio de nenhures (e cá está uma palavra curiosa).
O argumento é da responsabilidade de John Travis que foi buscar inspiração ao livro do escritor John Connolly.
Esta é a oportunidade para que a jovem de 12 anos, vencedora de um
Goya, não fique esquecida depois da grande revelação na pele da pequena que bloqueia o mundo fascista e sangrento em que vive, imaginando um mundo só seu, carregado de faunos e as fadas.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 12:32
link |
comentar
Requiem for a Dream levou-o ao topo da escada.
The Fountain criou cisões entre a crítica. Agora, é tempo de pegar no personagem que o fascina desde criança: Noé.
Darren Aronofsky parece sofrer de uma obsessão artística pelas pequenas coisas que o fascinam. O fenómeno aconteceu com
The Fountain, que foi o seu bebé durante alguns anos e que esteve à beira de morrer. Contudo, o realizador insistiu, persistiu e ateimou até que encontrou aquele que era para si o elenco perfeito e encerrou a fita na altura em que a sentia ideal.
Segue agora para uma representação de Noé (não da história da arca) que, diz, não pretender ser bíblica. Será, sim, sobre o personagem e todos sabemos que o seu herói não será pintado a cor-de-rosa e revestido de fáceis passagens.
Fiquem com o texto delicioso do
The Guardian que o confronta com os medos, os obstáculos, os becos sem saída e até sobre a relação com Rachel Weisz.
Deixo-vos com o
trailer de
Requiem for a Dream.
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=qz45M9nVF0M]
Quinta-feira, 26 de Abril de 2007
Arrancou ontem, em Nova Iorque, o
Tribeca Film Festival. O programa, diz-se, é inferior ao do ano passado mas, ainda assim, oferece 157 longas metragens, 88 curtas e 73 estreias mundiais. Afirma-se também a maior diversidade que o festival tem adquirido, sendo que, este ano, há filmes de 47 países.
Devido à programação do dia inaugural, que foi marcada pelos documentários internacionais com temas controversos, a conferência de abertura contou com a presença de Al Gore, uma escolha óbvia para falar sobre o tema.
O evento foi criado em 2002, no pós-11 de Setembro, sob a alçada de Robert De Niro, da produtora Jane Rosenthal e do seu marido, Craig Hatkoff, com o objectivo de animar a cidade. Desde essa altura, tem alcançado uma tremenda visibilidade e tem progressivamente aumentado o número de espectadores.
Uma das atracções desta edição do festival é a estreia de
Spider-Man 3 em território americano, para a qual a venda antecipada de bilhetes já ultrapassou largamente as expectativas criadas.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 11:09
link |
comentar
Acontece que ontem foi feriado. Acontece também que tive de passar pelo Colombo. Ora, o que é que há no Colombo? A
FNAC. O que é que acontece quando vou à
FNAC? Dificilmente de lá saio sem qualquer coisa.
Desta vez vieram comigo os discos abaixo referidos.
Estes dois últimos foram vistos e revistos sem nunca terem sido comprados. Já era altura de reservarem o seu lugar.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 10:29
link |
comentar
Quarta-feira, 25 de Abril de 2007
Ontem foi noite de
Indie. Desta vez, no São Jorge, por entre o calor insuportável (o senão do serão) e a pequena multidão que ali foi para ver Hal Hartley e a sequela de
Henry Fool, 10 anos depois. Mais uma vez, o espírito
Indie Lisboa fez-se sentir na sua forma mais contagiante.
Depois da breve apresentação do realizador, ali no palco, desarmado por todos os olhos atentos, veio
Fay Grim. Como o próprio Hartley definiu na recepção, este é
"um filme muito rápido, muito cómico e muito triste". É isto mesmo.
Fay Grim ( numa intrigante e descarada, no bom sentido, Parker Posey) é uma mulher americana, aparentemente comum. Subitamente é confrontada por um agente da
CIA (Jeff Goldblum) que a interroga sobre uma série de livros escritos pelo seu ex-marido, Henry Fool (Thomas Jay Ryan). Acontece que os cobiçados escritos transportam informação que pode pôr em causa a segurança dos EUA e, consequentemente, são alvo de busca por parte de meio mundo terrorista.
A fita mistura pedaços de géneros. Veste quase tudo de um tom cómico, quando menos esperamos investe no drama e tem por base um
thriller que traz à memória os antigos filmes de espionagem.
O argumento é aguçado na crítica e no humor, atravessando momentos hilariantes que puseram todo o São Jorge em altas gargalhadas. Os
twists são muito bem conseguidos, principalmente na passagem inesperada do humor para a tragédia.
Regressa também a peculiar realização de Hal Hartley que, confesso, me acaba por cansar pelo posicionamento da câmara, sempre em ângulo inclinado. A intenção é perceptível e acho que esta opção consegue transmitir uma mensagem para além da que convencionalmente, as imagens e o texto contêm mas esteticamente não me toca no botão do fascínio.
Fay Grim atinge uma velocidade estonteante conseguida pelos diálogos inspirados e alucinantes que, em última instância, também imprimem rapidez à acção. Duas horas muito bem dispostas que, contudo, acabam por tomar um rumo diferente... Para mais informações vão ter de o ver quando chegar ao circuito normal das salas de cinema.
Cá está o
trailer da praxe.
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=lMaAFaRxZLM]
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 20:12
link |
comentar