Quarta-feira, 28 de Fevereiro de 2007
Dois amigos músicos e a sua passagem por quatro décadas de tendências. É esta a primeira sinopse para o novo filme anunciado,
The Long Play, que vai juntar uma equipa imprevísivel: Mick Jagger e Martin Scorsese.
A ideia para a longa-metragem partiu do vocalista dos
Rolling Stones, que a vai produzir, e que, convidou para dirigir as operações o vencedor do Óscar deste ano, Martin Scorsese. A tomar conta do guião vai estar William Monahan, também responsável pelos de
The Departed e de
Kingdom of Heaven.
Através dos dois personagens esta equipa pretende retratar os bastidores e vícios do mundo da música desde o
R&B dos anos 60 até ao hip-hop contemporâneo.
Esta ligação entre Marty e Mick teve início com o documentário, realizado por Scorsese, agora em pós-produção e que vai sair ainda durante este ano, sobre
A Bigger Bang, a
tour mundial da banda.
Eu sei que habitualmente só escrevo sobre cinema mas tinha de falar nisto. É oficial! Os canadianos
Arcade Fire vêm ao
Super Bock Super Rock.
Lá estarei embevecida pelas músicas do prodigioso
Funeral e do não menos fantástico
Neon Bible. Agora só faltam os
The Killers para a minha
wishlist prioritária de concertos para este ano ficar preenchida.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 19:47
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Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2007
Aqui está uma bela ideia. Resumir os vencedores dos Óscares numa infografia que, ao mesmo tempo, está carregada de humor e ironia. Não há texto que consiga ilustrar de forma tão directa o que esta imagem quer representar. E se vos parecer confusa, acho que é essa a intenção.
O mérito é do
NY Times. Aqui está ela. É só clicar.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 19:44
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A cerimónia equivalente à dos Óscares em França aconteceu no Sábado. Está longe de ser o acontecimento cinematográfico mais importante do país mas já que falo de tantos prémios, achei que estes também mereciam destaque.
A noite não foi de Óscares mas a fonética cruza-se com eles. São os
Césars.
O grande vencedor da cerimónia foi
Lady Chatterley, uma adaptação do clássico de D.H. Lawrence. Estava nomeado para nove galardões e levou cinco entre os quais constam os de melhor filme francês, melhor actriz para Marina Hands e melhor argumento adaptado.
Este ano os
Césars acabaram por ter maior destaque por terem fugido à sua linha habitual, contemplando cinema mais popular ao invés da habitual escolha apenas para cinema de autor.
27/02/07 -
Smokin' Aces: Todos querem matar Buddy Israel. Um conceito inspirado por uma mão cheia de influências. O ritmo alucinante e os personagens incríveis.[odeo=
http://odeo.com/audio/9668233/view]
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publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 18:23
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Se já todos antevíamos um fecho azedo para esta história, chegou finalmente o dia em que a previsão se confirma.
Depois de, na semana passada, a revista
Chilango ter publicado uma reportagem ilustrando o ponto de vista de Guillermo Arriaga, argumentista parceiro (ou não) do realizador Alejandro Gonzalez Iñarritu, que reclama para si os louros da escrita de
Babel, Iñarritu decidiu responder.
Na reportagem inicial, Arriaga acusa o realizador de ter adulterado o guião inicial de tal forma que a jovem japonesa surda de
Babel era inicialmente uma rapariga espanhola que tinha perdido a visão. Irrita-se perante o facto de Iñarritu chamar às suas três últimas fitas, a sua trilogia e diz que
"termina a história" entre os dois.
Agora o outro lado do enredo. Na carta ao amigo (ou não), o cineasta mexicano lamentou que
"esta injustificada obsessão por reclamar a autoria de um filme" faça com o guionista se esqueça de que
"o cinema é uma arte de profunda colaboração". No escrito está a expressão
"ponto final". Meus amigos, ponto final significa que nunca mais vamos ver num mesmo filme os nomes de Iñarritu e Arriaga.
No final, subscrevem a carta, Gael Garcia Bernal, Adriana Barraza, Rodrigo Prieto e Gustavo Santaolalla e Iñarritu despede-se com um irónico
"boa sorte para os teus filmes futuros".
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 09:45
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Segunda-feira, 26 de Fevereiro de 2007
26/02/07 -
Os Óscares 2007: A noite de Scorsese. A derrota de
Babel e
Dreamgirls. A confirmação para Helen Mirren e Forest Whitaker. A recompensa merecida para
Little Miss Sunshine.[odeo=
http://odeo.com/audio/9591613/view]
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publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 17:17
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Como o tempo não abonou no fim-de-semana, deixo-vos agora com outras cerimónias que aconteceram durante esses dias fatídicos.
Primeiro, o prestigiado acontecimento que acontece todos os anos antes dos Óscares: os
Razzies (os Óscares para o mau).
Sharon Stone e o
Instinto Fatal 2 foram os grandes vencedores, arrecadando quatro prémios que incluiram pior actriz e pior argumento.
Do lado bom da força estiveram outros prémios: os
Spirit, os galardões do reino do cinema independente.
Adivinhem quem foi o grande triunfador? Se pensaram
Little Miss Sunshine, acertaram em cheio. Melhor filme, melhor realização para Jonathan Dayton e Valerie Faris, melhor argumento original e melhor actor secundário para Alan Arkin.
Não é vulgar haver nomeações dos
Spirit a coincidirem com as dos Óscares mas este ano aconteceu.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 12:17
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Ontem foi uma noite muito agradável e do mais ponderado que eu já vi na Academia.
Vamos aos vários tipos de vencedores: as confirmações, as surpresas e os derrotados.
Já quase todos sabiam que seria Helen Mirren a ganhar o prémio de Melhor Actriz com a sua rainha, Forest Whitaker na categoria de Melhor Actor pelo papel em
The Last King of Scotland e Martin Scorsese a ser recompensado por todas as nomeações que deixou escapar como Melhor Realizador. Até aqui, nada de novo.
A surpresa chegou na categoria de Melhor Filme. Não foi
Babel a vencer, como aliás aconteceu em todas as categorias para as quais estava nomeado à excepção da de melhor banda sonora. Foi o grande vencido da noite. Foi
The Departed a sobressair com um total de quatro Óscares (para além dos dois principais, arrecadou também melhor argumento adaptado e melhor montagem).
Também
Dreamgirls apenas levou para casa uma estatueta: a de Melhor Actriz Secundária para Jennifer Hudson (estou obrigada a manter segredo porque ainda não vi o filme mas custa-me a crer que ela supere qualquer uma das meninas de
Babel ou a pequena Abigail Breslin).
As boas surpresas do serão foram para
Little Miss Sunshine que ganhou nas categorias de Melhor Actor Secundário (para Alan Arkin) e Melhor Argumento Original. É a prova de que a Academia consegue reconhecer o valor de alguns filmes independentes.
A noite não foi de entrega massiva. Em Hollywood dividiu-se tudo pelas várias famílias de forma a que todos ficassem com um sorriso nos lábios. Todos menos Iñarritu e Bill Condon.
Mais logo, no
Acabo de Ver, conto os momentos da noite. Entretanto, podem espreitar aqui um dos pontos altos.
[youtube=
http://www.youtube.com/watch?v=qB6mh3ISsmM]
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 11:44
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A esta hora, como não poderia deixar de ser, cá ando eu a respirar Óscares. Venho apenas partilhar convosco o gostinho que me deu ver o Alan Arkin a subir ao palco para receber o Óscar para melhor actor secundário.
Little Miss Sunshine merece! Confesso que não confiava o suficiente na Academia para vê-la premiar este filme. Afinal surpreenderam-me.
Pena que Borat tenha perdido o prémio de melhor argumento adaptado para The Departed. Também está em boas mãos.
Quem nesta altura também está a somar vitórias é
Pan's Labyrinth de Guillermo Del Toro. Em categorias técnicas, é certo mas o facto é que já arrecadou três estatuetas. Poderá a noite ser mexicana? Veremos.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 03:23
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Domingo, 25 de Fevereiro de 2007
Acabo de chegar do Porto. O fim-de-semana foi de casório e o cansaço já pesa mas hoje o café vai ter de fazer efeito porque a noite assim o exige. É noite de Óscares e há muito para contar.
Lembro-vos que o site de informação
A-PLATAFORMA vai estar a acompanhar em directo a cerimónia com artigos sobre os vencedores e os vencidos, sobre as histórias da noite. Vamos fazer a análise do que se vai passar nesta noite de prémios.
Achei que devia deixar aqui as minhas previsões para as categorias principais mas não sem fazer uma clara distinção entre quem eu acho que vai vencer e quem eu gostaria que ganhasse.
Acho que vão ganhar:
Filme: BabelRealizador: Martin Scorsese
Actor: Forest Whitaker
Actriz: Helen Mirren
Actor Secundário: tenho dúvidas entre o Mark Wahlberg e o Eddie Murphy
Actriz Secundária: (nesta custa-me muito a apostar mas vou dar um palpite) Cate Blanchett
Gostava que ganhassem:
Filme: Letters from Iwo JimaRealizador: Clint Eastwood (não porque Scorsese não mereça mas porque
The Departed, sendo muito bom, não é o melhor deste mestre)
Actor: Leonardo DiCaprio
Actriz: Helen Mirren
Actor Secundário: Alan Arkin
Actriz Secundária: Abigail Breslin
De qualquer forma, acho que este ano é difícil fazer previsões muito claras. À excepção das categorias de melhor realizador e melhor actriz, não há prognósticos com grandes certezas. Veremos mais logo.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 18:30
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Sexta-feira, 23 de Fevereiro de 2007
O filme desta semana foi
Smokin' Aces. Confesso que ia lançada para ver
The Good Shepherd, o filme de Robert De Niro, mas como era grande de mais para o tempo que tinha disponível, fiquei-me por este
Um Trunfo na Manga.
E foi assim, meus amigos, que vi mais um daqueles filmes que, sem grandes expectativas criadas, me surpreendem pela forma refrescante com que me atacam de surpresa.
Passo a explicar.
Smokin' Aces é o resultado de um conjunto de influências (há momentos em que nos sentimos num
Snatch meets Ocean's Eleven com laivos de Quentin Tarantino) e de um conjunto de conceitos (máfia, FBI, assassinos, jogo, tresloucados e ingénuos). Esse resultado é um todo que decorre a um ritmo alucinante com momentos de comédia surpreendentes originados nas fabulosas personagens e nos diálogos mais
nonsense mas que são, simultaneamente, um jogo de complexidade sublime.
Pena que, depois de nos ter convencido com o tom cómico alucinante, Joe Carnahan nos tenha tentado dar uma pitada de drama. É que nessa altura já temos o riso tão interiorizado que não compramos o momento dramático. É a única falha. No entanto, não chega para apagar a beleza do restante filme.
Brevemente no
Acabo de Ver.
publicado por Quanto Mais Quente Melhor às 23:29
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